O novo presidente do Santos, José Carlos Peres, não tem interesse em repatriar Robinho na próxima temporada. O mandatário mostrou preocupação com a imagem do Peixe, afinal, o atacante foi condenado a nove anos de prisão, em 1ª instância, por estupro na Itália.
“Hoje é provável que não esteja no perfil que queremos. O perfil que queremos é de um atleta de boa imagem, no Brasil e exterior, sem aventuras. Não podemos trocar o valor institucional do nosso clube por uma simples decisão de campo. Ainda mais no caso dele, uma vez que é plano da minha gestão trazer cada vez mais mulheres aos estádios. Primeiro vem nossa marca. Primeiro vem o Santos. Depois, uma boa proposta pra qualquer jogador que seja. Gostaria que o torcedor entendesse isso. Estamos privilegiando a marca do Santos”, afirmou o novo presidente em entrevista ao canal ESPN Brasil.
Peres não descartou completamente a chegada de Robinho, mas acredita que ele precisa primeiramente encerrar processo judicial na Itália caso queira retornar ao time da Vila. A atual gestão, comandada por Modesto Roma Júnior, estava com negociações adiantadas para repatriar o ídolo.
“(O Robinho) Tem o todo direito de se defender. Não estamos riscando a vida dele. Consideramos o CT e o estádio a segunda casa dele. Uma boa negociação é um passo, mas existe o primeiro passo, que é a imagem do Santos. Isso não abriremos mão. Precisamos revitalizá-la, temos intenção de expansão da marca no mercado internacional”, ressaltou Peres.
Condenado em 1° instância na Itália
A nona sessão do Tribunal de Milão condenou o atacante Robinho a nove anos de prisão por “violência sexual em grupo” contra uma jovem albanesa em uma boate da capital da Lombardia em janeiro de 2013, durante a sua passagem pelo Milan, da Itália. O jogador nega as acusações e irá recorrer.
Segundo a imprensa italiana, Robinho teria praticado o ato com outras cinco pessoas. A jovem tinha 22 anos de idade na época. O atleta foi condenado na nona seção do Tribunal de Milão, presidida por Mariolina Panasiti. Em sua resolução, a corte afirmou que os acusados “abusaram das condições de inferioridade psíquica e física da pessoa agredida, que havia ingerido substâncias alcoólicas, com meios insidiosos e fraudulentos, de forma que bebeu até ficar inconsciente e sem condições de se defender”.
Ao UOL Esporte, a advogada de Robinho, Marisa Alija negou qualquer participação do jogador no incidente e enviou a seguinte declaração: “Sobre o assunto envolvendo o atacante Robinho, em um fato ocorrido há alguns anos, esclareço que meu cliente já se defendeu das acusações, afirmando não ter qualquer participação no episódio”, explicou.