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Conexões em Bari

16 de março de 2016 - Por Comunità Italiana
Conexões em Bari

Conexões em BariBrasil foi tema de um festival inédito na Puglia, que teve o cinema como fio condutor de uma programação eclética que incluiu debates e mostra fotográfica

O Brasil ganhou uma semana cinematográfica em Bari, na Puglia, no sul da Itália. O evento aconteceu entre os dias 2 e 7 de fevereiro e deu ao inverno italiano um certo ar tropical, naquelas paragens, pelo menos. Em pleno período carnavalesco, não teve receio de apresentar uma programação que vira pelo avesso os estereótipos que acompanham a imagem brasileira no exterior, principalmente, na Itália. Samba? Tem sim, mas com uma leitura jazzística, por exemplo.  Jeitinho? Tem sim, mas decifrado através da vida difícil de uma empregada doméstica. Os acompanhamentos não ficaram atrás, com debates sobre a economia e a mostra fotográfica “As cores de São Paulo”, do italiano Alberto Moschini, rigorasamente em preto e branco. Houve  ainda uma apresentação da culinária e um espetáculo musical, ao vivo, fechando com chave de ouro o primeiro Bari Brasil Film Fest.
A abertura começou, na realidade, alguns dias antes, com a projeção do filme Le mamme di San Vito, do diretor Gianni Torres, nascido na Puglia, autor de um documentário emblemático sobre o elo entre os dois países, com um tema muito atual — o da imigração. A película conta a história da festa de São Vito, no bairro do Brás, em São Paulo, uma tradição secular levada pelos imigrantes italianos. O santo é o padroeiro do povoado de Polignano a Mare, na província de Bari. Até hoje, mais de 18 mil meninos e meninas já receberam alguma ajuda derivada da intervenção divina do santo por meio de atividades terráqueas, principalmente, no setor da gastronomia, com a venda de pratos típicos da Puglia, durante o evento. Os imigrantes que fugiram da fome e encontraram a terra prometida e fértil no Brasil, com seus descendentes, agradecem ao santo milagreiro com dois meses de preparativos e produtos típicos da Puglia para alimentar e conseguir dinheiro em prol das obras de caridade em uma creche de órfãos, com 130 crianças.

Filmes brasileiros exibidos sem dublagem, uma raridade na Itália
A programação promoveu a exibição de longas-metragens, em língua original, com legendas em italiano. Raramente, o público do país pode assistir a um filme com o idioma original, pois todos aqueles que chegam ao circuito são dublados, uma das questões do atraso do italiano com relação ao aprendizado do inglês, segundo os pedagogos mais atentos. Mas este não é o caso do português e a lista inclui Que horas ela volta, de Anna Muylaert, com a atriz Regina Casé, selecionada para representar o Brasil na corrida ao Oscar de melhor filme estrangeiro; Samba e Jazz, de Jefferson Mello, documentário que desvenda a origem dos gêneros musicais no Rio e em New Orleans, tendo a cultura afroamericana como partitura comum; Trinta, de Paulo Machiline, que conta os bastidores de uma escola de samba através da vida de Joãozinho Trinta; 5xFavela- Agora por Nós mesmos, que trata da vida dentro de uma comunidade carente e vulnerável, vista por seus próprios habitantes e jovens cineastas, suíte de um ousado projeto de Cacá Diegues, o 5 x Favelas, de 1962, fonte de inspiração da produção; e Boi Neon, de Gabriel Mascaro, que ganhou o prêmio especial do júri na seção Horizontes do Festival de Veneza do ano passado.
O cinema foi o fio condutor de uma série de encontros, com a presença de acadêmicos e estudiosos da literatura portuguesa das universidades de Bari e do Salento e do diretor de Samba e Jazz, Jefferson Mello, que debateram questões sociológicas, como “Brasil: entre mito, estereótipos e realidade”. Até mesmo os Jogos do Rio entraram na eclética programação: a conferência “Brasil 2016, entre a crise e as Olimpíadas: a perspectiva para as empresas da Puglia” reuniu empresários e investidores, integrantes da Confindustria local e especialistas da Nomisma, empresa de pesquisa econômica de Bolonha. O Bari Brasil Film Fest é uma continuação da experiência maturada pela brasileira Vanessa Mastrocessario Silva, da Associação Cultura Abaporu, que já tinha realizado iniciativas semelhantes em Pequim e Xangai. Ao assoviar e chupar cana ao mesmo tempo, a Abaporu conseguiu reunir investidores privados e públicos, além de realizar uma coleta de fundos através da internet. E não tem um sem dois.    

Comunità Italiana

A revista ComunitàItaliana é a mídia nascida em março de 1994 como ligação entre Itália e Brasil.