PARTIDO DEMOCRÁTICO (PD)
FABIO PORTA
QUEM É E O QUE PROPÕE
Desde 2008, o sociólogo Fabio Porta, 54 anos, é deputado no Parlamento Italiano. Tentará agora eleger-se ao Senado pelo Partido Democrático (PD). Foi coordenador na América do Sul do Patronato italiano Ital-Uil. Ele defende as expansões da língua italiana no exterior e da história de emigração na Itália. Afirma que permanecerá atuante nesses dois propósitos. Para isso, Porta vislumbra um projeto de troca entre jovens italianos e sul-americanos, envolvendo associações, escolas e universidades e o fomento de pequenas e médias empresas entre a Itália e o Brasil, valorizando os descendentes italianos. O atual deputado deseja buscar o que assinala como “solução definitiva” dos problemas consulares, mudando integralmente o Prenota Online (agendamento online) e tornando estáveis os recursos do fundo de cidadania para serem destinados a todos os serviços oferecidos aos compatriotas.
COMUNITÀ — Como pretende ajudar a reduzir as filas de espera pela cidadania e passaporte nos consulados no Brasil?
FABIO PORTA — Sou o autor do projeto de lei que introduz a contribuição que, a partir deste ano, graças aos primeiros 4 milhões de reais que os consulados estão recebendo proporcionalmente ao que coletaram, resolverá o problema da fila e das longas esperas. Não existem outras soluções, e mostrei, graças ao apoio da coletividade italiana, dos Comites e do Cgie, daqueles que assinaram a petição online e, acima de tudo, à vontade no Parlamento e no governo do Partido Democrático, que as soluções existem e podem ser encontradas e apresentadas. Agora, teremos que vigiar para que esses recursos sejam bem gastos.
COMUNITÀ — Quais os principais anseios da comunidade italiana no Brasil?
FABIO PORTA — A comunidade italiana do Brasil pede à Itália atenção, respeito e valorização do seu papel proporcional ao tamanho da maior comunidade de descendentes italianos do mundo. Consequentemente, um serviço consular adequado, sem longas esperas e com pessoal suficiente e adequadamente preparado. Um novo serviço de Prenota Online, porque o atual já não é capaz de responder às necessidades e dimensões da comunidade. Finalmente, os italianos no Brasil exigem mais relações com a Itália, no campo da cultura e do comércio, e mais oportunidades para os jovens italianos brasileiros de terem acesso às universidades italianas com pleno reconhecimento de suas qualificações.
Site: http://fabioporta.com/br/
CIVICA POPOLARE
FERNANDO MAURO TREZZA
QUEM É E O QUE PROPÕE
O jornalista Fernando Mauro Trezza, 42 anos, é o candidato do Civica Popolare ao Senado. Foi presidente da Associação Brasileira de Canais Comunitários e da Associação dos Canais Comunitários do Estado de São Paulo. Foi também diretor do programa Conexão Brasil/Itália, veiculado nas TVs Comunitárias brasileiras. Uma de suas propostas é a criação de uma emenda constitucional que permita ao presidente ser eleito pelo voto direto e que o primeiro-ministro continue a ser eleito pelo Parlamento, igualmente a outros países da Europa Ocidental, dentre os quais a França, que elegeu Emmanuel Macron a presidente pelo voto direto, enquanto o primeiro-ministro foi eleito pelo Parlamento. Atualmente, qualquer cidadão só pode ter acesso ao Parlamento Italiano a convite de um deputado ou senador. Trezza vai propor medidas que alterem essa regra.
COMUNITÀ — Como pretende ajudar a reduzir as filas de espera pela cidadania e passaporte nos consulados no Brasil?
FERNANDO MAURO TREZZA — Acredito que não seja apenas uma questão de orçamento. Falta uma política pública do governo central sobre o tema. Enquanto o governo italiano continuar a tratar seus cidadãos no exterior como se fossem de segunda categoria, a fila vai persistir. O problema é político, e deve ser enfrentado politicamente.
COMUNITÀ — Quais os principais anseios da comunidade italiana no Brasil?
FERNANDO MAURO TREZZA — A movimentação do povo brasileiro, indo às ruas exigir mudanças, permeou todas as comunidades que aqui vivem. Por isso, nossa comunidade não quer mais do mesmo. Quer mudanças estruturais no sistema. A comunidade italiana sofre muito com a burocracia do serviço consular e só vai mudar essa realidade com novas mentes, propondo políticas públicas que possam nos enxergar na América do Sul.
Site: http://www.senatoretrezza2018.com.br/
HELENA MONTANARINI
QUEM É E O QUE PROPÕE
Jornalista, desenhista industrial e consultora de estilo e moda, Helena Montanarini, 65 anos, é candidata ao Senado pelo Civica Popolare e integrante do movimento “Passione Italia”. Helena implantou mais de 60 marcas italianas no Brasil. Por esse trabalho, recebeu do então presidente italiano, Giorgio Napolitano, a comenda de Cavaliere d’Italia. Palestrou no Milano Fashion Global Summit e foi apontada pela The Italian Fashion Weekly Magazine como uma das seis compradoras mais influentes do mundo da moda. Entre suas propostas está a de adiantar os prazos para obtenção da cidadania italiana. Para isso, ela pretende propor a criação de fundos para as redes consulares no mundo, também tendo em vista a importância de melhorar o atual atendimento ao público. A candidata quer também promover acordos bilaterais nos campos da educação, da cultura e do empreendedorismo, incentivando, sobretudo, empresas lideradas por mulheres empreendedoras ítalo-brasileiras e abrindo mercado de trabalho para jovens de ambos os países.
COMUNITÀ — Como pretende ajudar a reduzir as filas de espera pela cidadania e passaporte nos consulados no Brasil?
HELENA MONTANARINI — Com interesse crescente pela obtenção da cidadania italiana, os consulados estão sobrecarregados com o volume de trabalho. É necessário que se lute para um aumento de verba para ampliar a força de trabalho dentro das redes consulares. A partir da adesão do Brasil à Convenção da Apostila de Haia, esse processo será simplificado.
COMUNITÀ — Quais os principais anseios da comunidade italiana no Brasil?
HELENA MONTANARINI — Maior acesso à cultura, ampliar as possibilidades de trabalho no mundo valorizando a italianidade. Sabemos que é obrigação do Estado investir e aumentar os fundos destinados à difusão da língua e cultura italiana no exterior, revitalizando as associações culturais e transformando-as em verdadeiros pólos de conhecimento. Outra questão a ser enfrentada é a luta para a obtenção da aposentadoria, por parte dos italianos no Brasil e eliminar o sistema dupla taxação.
Site: http://www.montanarinisenadora.com.br
SALVINI-BERLUSCONI-MELONI
ANDREA DORINI
QUEM É E O QUE PROPÕE
Integrante da lista Salvini-Berlusconi-Meloni, o italiano de origem lombardo veneta, 56 anos, mora no Espírito Santo desde 2004. Candidato ao Senado, Dorini coordenou vários projetos financiados pela Comunidade Europeia em favor das comunidades italianas na América Latina. Em 2009, trabalhou na Presidência do Conselho de Deputados da Região Lombardia. É atualmente empresário e coordenador na Câmara de Comércio Ítalo-brasileira Região Nordeste – Fortaleza. Entre as propostas que pretende levar ao Parlamento italiano, algumas das quais já está desenvolvendo, destacam-se: constituição da Federação dos Artesão italianos na América do Sul; formação de enferme iros; melhorar o intercâmbio comercial entre a Itália e os países da América do Sul; desenvolver novo portal com um mapa turística de todas as localidades italianas e da América do Sul ligadas à migração dos italianos; financiar e reestruturar todas as casas de cultura italiana distribuídas pela América do Sul; amplo intercâmbio turístico entre a Itália e todos os países da América do Sul; implantação de um voo internacional direto entre Vitória (ES) e Milão (Itália); previdência social italiana em favor de todos os ex-jogadores de futebol da América do Sul e promoção da canção, cultura e gastronomia italiana.
COMUNITÀ — Como pretende ajudar a reduzir as filas de espera pela cidadania e passaporte nos consulados no Brasil?
ANDREA DORINI — Abrir, a partir de 2019, novas agências consulares em Vitória e em Florianópolis. Implantar portal dedicado exclusivamente às comunidades italianas da América do Sul, onde as pessoas de origem italiana poderão encontrar informações da lista de todos os documentos que servem para poder obter a cidadania italiana. Desenvolver uma área dedicada ao envio da documentação, em formado digital, com tempo de resposta do consulado italiano estimado em até 90 dias e com envio dos documentos em original diretamente ao consulado italiano. O pagamento de uma taxa de 150 euros pela verificação dos documentos, entre outras coisas. Constituir uma associação dos despachantes presentes na América do Sul e aumentar as agências de tradutores juramentais.
COMUNITÀ — Quais os principais anseios da comunidade italiana no Brasil?
ANDREA DORINI — Manter a língua, cultura e tradições italianas; restaurar as casas da cultura italiana; conhecer as próprias origens; com orgulho, obter a cidadania italiana e manter os laços com a Itália.
LUIZ OSVALDO PASTORE
Candidato ao Senado pela lista Salvini-Berlusconi-Meloni e filiado ao Lega, o empresário Luiz Osvaldo Pastore, 68 anos, foi suplente do senador Gerson Camata (ES), tendo assumido o Senado em 2002. Atualmente, é suplente da senadora Rose de Freitas (ES). Pastore tem como proposta inicial garantir a manutenção da Lei da Cidadania Italiana pelo Direito de Sangue. Em seguida, ele promete reduzir a burocracia no acesso da população ao passaporte e difundir com mais intensidade e clareza informações sobre direitos e benefícios aos ítalo-brasileiros. Para empresários do comércio e da indústria, o candidato pretende orientá-los na busca por financiamentos de créditos em bancos italianos.
COMUNITÀ — Como pretende ajudar a reduzir as filas de espera pela cidadania e passaporte nos consulados no Brasil?
LUIZ OSVALDO PASTORE — Pretendo promover a reativação dos vice-consulados e agências consulares em todo o território nacional. Vice-consulados que existem há mais de 120 anos e que atualmente estão inoperantes, meramente honoríficos. Descentralizar o consulado.
COMUNITÀ — Quais os principais anseios da comunidade italiana no Brasil?
LUIZ OSVALDO PASTORE — Acredito que os principais anseios da comunidade italiana no Brasil hoje são, justamente, os pontos fundamentais da nossa campanha. É para atender a comunidade que pretendo me eleger Senador. Inclusive, uma das minhas prioridades será criar um canal de comunicação com os meus eleitores para que eles possam acompanhar meu trabalho no Senado e para que eu possa receber sugestões e críticas durante todo o mandato.
Site: http://votepelacidadaniaitaliana.com/
LIBERI E UGUALI
SILVANA RIZZIOLI
QUEM É E O QUE PROPÕE
Integrante do movimento “Democrático e Progressista”, o “Articolo Uno”, fundado na Itália pelos dissidentes do Partido Democrático, Silvana Rizzioli é candidata ao Senado pelo Liberi e Uguali. Cidadã italiana, com cidadania honorária no Brasil, ela atua há 40 anos no campo da educação e pesquisa. Foi idealizadora da Fundação Torino (escola ítalo-brasileira do Grupo Fiat) e fundadora da Associação Cultural Ítalo-Brasileira (Acibra). É conselheira do Comites há quatro anos e gestora do Centro de Competências Fiat há mais de 20. Ela promete a garantia de uma representação efetiva para que a presença dos italianos no exterior tenha a devida visibilidade e o justo reconhecimento na Itália; reduzir as distâncias entre representantes eleitos e cidadãos italianos representados; trabalhar para a integração e sinergia entre a América Meridional e a Itália, melhorando as relações econômicas, comerciais, culturais, sociais, educacionais, da pesquisa e também para o desenvolvimento industrial; trabalhar para desburocratizar os processos de aposentadoria, renovação da cidadania e passaporte, reduzir as taxas por estes serviços e outras inerentes ao exercício da cidadania; preservar e divulgar a história da imigração italiana e apoiar a criação de arquivos históricos para consulta gratuita; aprimorar o sistema de educação bicultural e do ensino do idioma; ampliar acordos com universidades italianas e, por fim, simplificar o processo de revalidação dos títulos de estudos.
COMUNITÀ — Como pretende ajudar a reduzir as filas de espera pela cidadania e passaporte nos consulados no Brasil?
SILVANA RIZZIOLI — É importante promover a desburocratização dos processos de obtenção da cidadania, através de análise de processos voltada à otimização dos mesmos.
COMUNITÀ — Quais os principais anseios da comunidade italiana no Brasil?
SILVANA RIZZIOLI — Otimização dos serviços consulares, maiores oportunidades para os ítalo-descendentes, implantação de uma política permanente para os italianos que residem na América Meridional.
Site: http://votarizzioli.com/pt/
MAIE (MOVIMENTO ITALIANI ALL’ESTERO)
ALDO CHIANELLO
QUEM É E O QUE PROPÕE
O professor universitário e oftalmologista Antonio Aldo Chianello, 63 anos, é candidato ao Senado pelo Maie (Movimento Italiani All’Estero). Ele presidiu a Sociedade Italiana de Beneficência e Mútuo Socorro e do Hospital Casa Italiano e a Associação Cultural Ítalo-Brasileira (Acib) e foi agraciado com a comenda ao mérito da República Italiana e a medalha de honra da Câmara de Deputados da República Italiana. Entre as propostas de Chianello, estão: o aumento do valor mínimo das aposentadorias mensais aos cidadãos acima de 70 anos; o intercambio na área de saúde (médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, nutricionistas, biólogos, farmacêuticos e demais áreas da saúde); a reestruturação da casa de repouso para os idosos italianos e ampliação dos hospitais italianos; a reorganização do atual sistema de concessão da cidadania italiana; a ampliação dos cursos de ensino da língua italiana, em acordo com universidades e instituições escolares locais e obtenção de bolsas de estudo e intercâmbio cultural aos descendentes italianos; a contratação de italianos nas entidades que recebem fundos públicos da Itália; a simplificação do intercâmbio para favorecer a entrada de trabalhadores de origem italiana nas cotas dedicadas aos trabalhadores estrangeiros e o auxílio à imprensa italiana e aos artistas italianos no exterior para que divulguem a cultura italiana no exterior.
COMUNITÀ — Como pretende ajudar a reduzir as filas de espera pela cidadania e passaporte nos consulados no Brasil?
ALDO CHIANELLO — Como a comunidade italiana é bem expressiva no exterior, com cerca de 36 milhões de cidadãos de origem italiana no Brasil, com grande concentração nas regiões Sul e Sudeste, esta é uma área de grande importância. O número de brasileiros que adquiriram cidadania italiana no Brasil cresceu quase 280% em 2016. Em 2015, foram 1.458 agraciados com o passaporte da Itália. Em 2016, esse número subiu para 5.799, o que deixa o Brasil na sétima posição no ranking de nacionalidades que mais obtêm cidadania italiana. Com apenas cinco consulados para atender as requisições de cidadanias, passaportes e demais documentações está complicado. Irei trabalhar para reorganizar todo o sistema atual consular, pois entendo que é um problema da grande demanda, capacidade de estrutura e novas contratações de funcionários.
COMUNITÀ — Quais os principais anseios da comunidade italiana no Brasil?
ALDO CHIANELLO — As principais necessidades da comunidade italiana nos dias de hoje é ter um representante que busque junto ao parlamento italiano as garantias de proteção e justiça social, deverão ser obtidas através de medidas legislativas que irão fornecer as oportunidades de intercambio profissional, crescimento nas áreas de saúde, educação, trabalho e cultura da língua italiana, com isso aumentaríamos o turismo Itália-Brasil. Dessa forma, aceitei a Ideia e o convite do presidente Merlo para fazer parte do Maie, pois coincide com meus ideais, e entendo ser o único partido que representa com afinco os italianos no exterior. Foi o único que apoiou o jus sanguinis na Câmara e Senado.
Site: https://www.facebook.com/senadorchianello/
LUCIANA LASPRO
QUEM É E O QUE PROPÕE
A advogada Luciana Laspro, 43 anos, é candidato ao Senado pelo Maie (Movimento Italiani All’Estero). Ela promete representar a comunidade italiana, não só para a obtenção da cidadania, mas para que o cidadão tenha uma voz ativa no Senado.
COMUNITÀ — Como pretende ajudar a reduzir as filas de espera pela cidadania e passaporte nos consulados no Brasil?
LUCIANA LASPRO — Os consulados precisam de verba e pessoal para fazer o trabalho, que não é pouco. São muitos italianos no exterior, e esse número é crescente. Cada vez mais demanda para o mesmo número de funcionários. Agora, existe a cobrança da taxa de 300 euros, que particularmente acho um absurdo a cobrança. Se em nenhum lugar mais é cobrada (a taxa), mais absurda ainda é a cobrança sem qualquer retorno ao público. Não sabemos o que será feito do valor arrecadado. Muito se falou, mas nada se viu.
COMUNITÀ — Quais os principais anseios da comunidade italiana no Brasil?
LUCIANA LASPRO — Não só no Brasil, mas toda a comunidade italiana no exterior precisa ser mais reconhecida. Somos um número muito grande de italianos no exterior para ficar abandonado assim. A comunidade precisa de melhor atendimento consular, que, por sua vez, precisa ter verba e pessoal suficiente para a grande demanda. Principalmente para quem tem o direito à cidadania e está na fila há mais de 10 anos, e precisa ter seu direito reconhecido. A unificação das regras consulares é fundamental.