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Contra a praga do bulismo

21 de abril de 2016 - Por Comunità Italiana
Contra a praga do bulismo

Contra a praga do bulismoProjeto da ONG Telefono Azzurro oferece suporte às vítimas de bullying na Itália, envolvendo escolas, famílias e o serviço social

Aquilo que te faz sofrer na infância pode te condicionar por toda a vida”. O lema de uma campanha publicitária contra o bulismo nas escolas tenta resumir em poucas e claras palavras um problema grave que atinge milhares de jovens italianos. O projeto Back To School, lançado no começo do ano letivo e organizado pela ONG Telefono Azzurro, instituição nascida para ouvir e aconselhar as pessoas envolvidas em casos de bulismo, tem como objetivo alertar os pais, os responsáveis e os funcionários das escolas para uma violência que já atinge o nível de patologia social. A publicidade veiculada nas principais redes de televisão, criada pela agência de Armando Testa, mostrava a história de um homem que revive, com obsessão, as violências às quais se submetia muitos anos atrás e que continuavam impressas na memória, atormentando a sua vida de adulto. Os dados revelam que apenas uma criança ou um jovem em cada cinco informa a um adulto a violência sofrida por este ou aquele indivíduo, quando os algozes não são grupos. A questão é tão grave que o Ministério italiano da Educação elegeu a Telefono Azzurro como uma “linha nacional de contraste contra o bulismo”, ativando um chat e mantendo um telefone “vermelho” conectado 24 horas por dia e 365 dias por ano.
As estatísticas internacionais expõem um quadro negro. Pelo menos 30% das vítimas se autolesionam como resultado das violências sofridas. Essas pessoas dobram o risco de suicídio, efetivamente tentado por 10%. As humilhações, ofensas e agressões se difundiram de tal modo nas escolas italianas que colocam em risco uma inteira geração. Por isso, não apenas as vítimas devem ser cuidadas, mas também os autores, quase sempre jovens como suas presas. O principal terreno de combate contra esta prática perversa é a escola, território onde ocorrem 68% dos casos. Ao palco destes tristes episódios não sobem apenas os algozes e as suas vítimas, mas também, por último e não menos importantes, os espectadores que, silenciosos, pecam pela omissão da denúncia. Nesta época de vida, se acirram e ganham tintas fortes a popularidade na escola, a cor da pele, a religião, a diferença de idade e de sexo, sem falar do nível social e econômico.

Um mal generalizado em âmbito europeu
O problema ocorre não apenas na Itália, mas também no resto da Europa. Uma pesquisa da Eurpe Anti-Bullying Project (2013) analisou estudantes de seis países da União Europeia. A Telefono Azzurro participou do projeto no âmbito italiano, com 5042 estudantes entre 12 e 18 anos. A conclusão em solo italiano é que 15,9% são vítimas de bulismo online e offline. Uma grande pesquisa anterior da Health Behavior in School-Aged Children, realizada entre 2005 e 2006 em 40 países, concluiu que 12,6% dos 220 mil entrevistados sofriam com o bulismo de duas a três vezes por mês, pelo menos.
Normalmente, a vítima se submete e, muitas vezes, atrai o “parceiro violento”. O primeiro quase sempre vive em contexto familiar complexo e não reage às provocações. O bulo também chega de uma realidade familiar conflitante: 40% vêm de ambientes com problemas de alcoolismo, depressão e isolamento, e vivem sob um elevado controle por parte dos pais, de baixa origem sócio-econômica. O fenômeno do bulismo virtual cresce com as fofocas e as difamações nas redes sociais. Registra-se ainda o incremento da presença de meninas em atos de cyberbulismo, principalmente como vítimas, segundo o Istat.
As consequências na vida adulta são muitas e duradouras. Distúrbios de comportamentos e desrespeito às leis são alguns exemplos. Como a maioria dos casos ocorre longe dos adultos, é preciso ter sensibilidade para perceber o problema. Pelo telefone, os agentes da Telefono Azzurro conversam com as vítimas e trabalham para valorizar-lhes a autoestima. Um segundo passo envolve o contato com os responsáveis e, por fim, a abertura de um diálogo com a diretoria da escola. Em alguns casos, o colégio pode ser advertido para coibir com máximo rigor os atos denunciados de bulismo. Em outras ocasiões, quando o problema se situa em âmbito familiar, a questão é levada para o Serviço Social.  

Comunità Italiana

A revista ComunitàItaliana é a mídia nascida em março de 1994 como ligação entre Itália e Brasil.