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Coração da Europa

21 de setembro de 2016 - Por Comunità Italiana
Coração da Europa

Coração da EuropaBanhada pelo Adriático, vizinha de Áustria e Eslovênia e dona de reservas naturais junto aos Pré-Alpes e às Dolomitas, a região do Friuli Venezia-Giulia guarda tesouros em seu pequeno território

A viagem de Comunità Italiana ao redor da Bota este mês faz parada no Friuli Venezia-Giulia, região autônoma com estatuto especial, situada na extremidade norte-oriental do país. Com uma população de um milhão e 220 mil habitantes, reúne dois territórios com características históricas e culturais diferentes: Friuli e Venezia-Giulia. Autêntico coração da Europa continental, é banhada ao sul pelo Mar Adriático. Ao norte faz fronteira com a Áustria e a leste com a Eslovênia. Peculiaridades que fazem dela um ponto essencial de ligação entre a Itália e as realidades germânicas e eslavas. Sergio Bolzonello, vice-governador da região e secretário de turismo, acompanha-nos na descoberta deste território muito especial.
— O Friuli Venezia-Giulia, geograficamente, é uma região pequena, porém caracterizada por uma oferta natural, cultural, tradicional e enogastronômica sem igual. Podemos defini-la, fazendo referência a uma de nossas excelências, como um extraordinário mosaico composto de infinitos retalhos que representam as nossas comunidades e as nossas cidades — observa.
O território reúne centros históricos de destaque, como a capital Trieste, mas também Udine e Gorizia, localidades arqueológicas de época romana e destinos de veraneio no litoral Adriático, sem esquecer o imenso patrimônio serrano, incluindo as Dolomitas Friulanas, os Pré-Alpes e os Alpes Cárnicos e Julianos, caracterizados pela presença de numerosas reservas naturais.
— Em nossa região pode-se viver qualquer experiência, da montanha ao mar, das colinas às planícies, das cidades artísticas aos pequenos centros — observa Bolzonello.
Sendo assim, é impossível identificar um único elemento que seja capaz de descrever a região, pois é uma terra que deve ser “conhecida pessoalmente, de forma consciente e lenta”, afirma o vice-governador, que aponta o que considera ser o diferencial de uma experiência turística em sua região:
— Sem dúvida a autenticidade, um elemento que, hoje em dia, é cada vez mais raro. Quem aqui chega não encontra fórmulas turísticas homologadas e se surpreende com coisas inesperadas e com a forte presença de nossas comunidades, com sua hospitalidade verdadeira e sincera.

Terra de fronteiras, cadinho de culturas
O papel de terra de fronteiras fornece vantagens numerosas, a começar pela riqueza e variedade do patrimônio enogastronômico.
— Neste sentido, Friuli Venezia-Giulia é provavelmente imbatível. Podemos ostentar produtos guardiões de tradições centenárias, que representam uma parte integrante da nossa oferta turística. Trabalhamos muito nos últimos anos para reforçar esta união entre território e comida, procurando fazer emergir a cultura contida em nossa tradição enogastronômica. A comida é parte integrante da oferta turística e os nossos vinhos são célebres no mundo todo — ressalta.
Ser terra de fronteiras, em todo caso, não significa ser uma terra marginal. Tal definição, inclusive, em parte, já pode ser considerada superada, de acordo com Bolzonello.
— Estamos dentro de um grande projeto político que é representado pela Comunidade Europeia e, portanto, estamos falando em termos internacionais. Uma fronteira, para nós, não é um limite de demarcação, mas sim um ponto de contato entre culturas e experiências diversas. Estamos trabalhando muito para favorecer o conhecimento de nosso território, em nível nacional e internacional. A parte mais relevante do nosso turismo é representada pelo mercado de língua alemã. Ao mesmo tempo, estão crescendo os percentuais do turismo proveniente das cidades do Leste Europeu.
O Friuli, apesar da qualidade e variedade da própria oferta, conta com uma menor fama em relação às realidades mais conhecidas como a Toscana e a Sardenha. O secretário de Turismo define a região periférica do ponto de vista geográfico, com um povo historicamente “discreto”, que funda a própria cultura no trabalho, no empenho e na fraternidade.
O governo trabalha junto à entidade turística local, o Promoturismo FVG,  para tornar conhecido em nível internacional o território, “procurando explicar a complexidade que nos caracteriza, sem atalhos, pontuando a nossa verdadeira identidade, que é também a nossa verdadeira e grande riqueza”.
— Com este trabalho, ainda em andamento, conseguimos resultados importantes. Não por acaso, este ano, o guia turístico Lonely Planet incluiu-nos na top ten dos destinos internacionais, destacando que fomos capazes de preservar a nossa identidade, sem deixá-la perder-se nas lógicas do turismo mundial.
 
Austríacos e alemães entre os principais turistas estrangeiros
Os números relativos aos fluxos turísticos indicam uma tendência animadora. Em 2015, em Friuli Venezia-Giulia, foram contabilizadas 2.180.000 chegadas, equilibradamente divididas entre italianos e estrangeiros, com uma leve predominância dos últimos. Bolzonello informa que o total chegou a 7.914.000 estadias. Dados que se traduzem em um aumento, com relação ao ano precedente, de 5,1% de chegadas e de 4,1% de estadias. Os vizinhos austríacos predominam (25,8%) entre os turistas do exterior, seguidos de perto pelos alemães, que representam 24%.
Além dos números frios, é preciso considerar também os aspectos ligados à qualidade do turismo.
— O perfil do turista que escolhe Friuli Venezia Giulia para passar férias é o de uma pessoa consciente das grandes oportunidades que este território pode oferecer e que, ao mesmo tempo, está à procura de experiências únicas e não homologadas. Em nosso território é possível viver experiências profundas e sinceras e, neste sentido, estamos trabalhando para oferecer percursos personalizados ao turista, para que este possa ir ao encontro de seus interesses e de suas exigências — diz o representante do governo friulano. Para tanto, foram criados percursos temáticos e um programa de formação para os operadores do setor com a finalidade de melhorar a hospitalidade. Um programa de financiamento também foi colocado à disposição com o objetivo de modernizar as nossas estruturas receptivas para que possam satisfazer as exigências do turismo moderno.
A indústria do turismo, aliás, representa um item importante no âmbito da economia da região.
— É um setor que tem uma importância significativa para a nossa economia, assim como para o inteiro sistema nacional. Temos ainda muito que melhorar e, portanto, miramos o aumento da chegada de turistas, com a consciência de que o setor turístico determina consequências positivas para a economia regional como um todo.

Sensibilidade especial para com os descendentes
O Friuli Venezia-Giulia, historicamente, sempre foi terra de emigração e, sob este ponto de vista, o Brasil, que abriga o maior número descendentes de origem italiana, poderia representar um interlocutor privilegiado.
— Em nosso DNA temos as histórias de nossos avós ou parentes, que tiveram que deixar seus lugares de origem para procurar trabalho. Por este motivo, as nossas comunidades têm uma sensibilidade especial em relação a todos aqueles que decidem voltar para conhecer a terra que guarda parte de suas histórias — esclarece o vice-presidente.
As relações institucionais com o Brasil, porém, ainda são bem esporádicas:
— O Promoturismo FVG é o nosso ente turístico que promove, nacionalmente e internacionalmente, o nosso território, com ações de promoção no exterior voltadas especificamente às operadoras de turismo. Obviamente a maior parte das nossas ações é dirigida ao mercado europeu, mas também não faltam oportunidades de promoção com operadoras americanas.
Bolzonello já esteve no Brasil durante uma viagem institucional feita na América Latina.
— O meu contato com o Brasil foi, no entanto, muito rápido. Espero, em breve, conhecer melhor este país extraordinário, até porque sinto ter uma ligação com esta nação — confessa o vice-governador.

Comunità Italiana

A revista ComunitàItaliana é a mídia nascida em março de 1994 como ligação entre Itália e Brasil.