Comunità Italiana

Itália faz apelo a UE sobre crise migratória

 

O primeiro-ministro Paolo Gentilnoi solicitou nesta quinta-feira (29) a rediscussão da questão migratória pela União Europeia. A constante chegada de novos imigrantes à Itália tem gerado uma crise que pode levar ao fechamento dos portos do país para navios que não tenham bandeira italiana, segundo fontes do governo.

Para ilustrar o motivo do apelo, nesta quinta são esperados cerca de cinco mil desembarques em Campânia e na Calábria. Fontes extraoficiais informaram que mais de 12 mil pessoas foram registradas nos últimos dois dias, através de 22 navios: italianos, europeus ou de ONGS que atuam no Mar Mediterrâneo.

Em reunião preparatória para o encontro do G20, programada para os dias 7 e 8 de julho, Gentilnoi disse que a Itália nunca fugiu de seus compromissos para o socorro no mar e o acolhimento humanitário e que não pretende fazer isso. Entretanto, o primeiro-ministro pediu uma nova discussão a respeito dos papéis das ONGs, da missão Frontex, dos recursos à disposição para trabalhar na Líbia e em outros países africanos e sobre a possibilidade de aumentar os programas italianos.

Resposta ao pedido

Em resposta, o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, confirmou que o apelo italiano surtiu efeito e informou que “o documento final do G20 terá uma referência concreta à luta contra os traficantes de seres humanos. Pedirei que sejam consideradas sansões em nível europeu contra esses traficantes e de colocá-los na lista negra das Nações Unidas. Mas, para isso, precisarei do apoio da maior parte dos Estados-Membros”.

O grupo G20 é composto por África do Sul, Alemanha, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, China, Coreia do Sul, Estados Unidos, França, Índia, Indonésia, Itália, Japão, México, Reino Unido, Rússia e Turquia – além da União Europeia.