O Grupo Ferrero, terceiro maior produtor global de doces e chocolates, que comercializa 35 marcas em mais de 160 países, apresentou, no dia 21 de novembro, em São Paulo, o sétimo Relatório de Responsabilidade Social Corporativa, que traz o resultado de cada meta socioambiental assumida pela empresa. Com a participação do embaixador da Itália no Brasil, Antonio Bernardini, do diretor de Relações Institucionais da Ferrero, Afonso Champi, do médico e professor da Universidade Federal da Bahia, Dr. Hugo Ribeiro, e da ex-jogadora de basquete, campeã mundial e olímpica e fundadora do projeto Passe de Mágica, Magic Paula, o evento de lançamento do Relatório debateu a importância da vida saudável em um momento em que o mundo está se tornando cada vez mais sedentário e obeso.
Com o objetivo de criar valor compartilhado, o Grupo Ferrero estabeleceu quatro pilares de Responsabilidade Social: Medir, Educar, Projetar e Colaborar. O sétimo Relatório de Sustentabilidade do Grupo reafirmou os 18 compromissos da instituição com o meio ambiente e a comunidade até 2020. Entre os compromissos, se destacam a redução de 40% das emissões de CO2 nas suas atividades produtivas, 100% do cacau utilizado com certificação sustentável e o uso de embalagens com materiais derivados de recursos renováveis.
Segundo Afonso Champi, a empresa tem como prioridade entender que o Brasil é uma das últimas reservas de terras cultiváveis do mundo.
— É necessário pensar como emitir menos, com novas soluções tecnológicas — disse o diretor de Relações Institucionais do Grupo Ferrero.
O Grupo recebeu pontuação máxima no Ranking da World WildlifeFun – WWF entre 127 empresas, no contexto de estratégias sustentáveis e de impacto global. Champi reforçou que o objetivo da empresa é que o chocolate seja consumido de modo seguro e saudável:
— Queremos que nossos produtos sejam aproveitados como um momento de aproximação das pessoas.
De acordo com dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), o mundo tem cada vez mais obesos. Somente nos Estados Unidos, a expectativa é que, até 2030, cerca de 50% da população seja obesa, enquanto no Brasil esse número pode chegar a 30%. Para o Dr. Hugo Ribeiro, o sistema de avaliação nutricional está errado.
Projeto beneficiou crianças da Cidade de Deus
Diante desses números e de seus projetos de Responsabilidade Social, o Grupo Ferrero implantou este ano o projeto Kinder + Sport no Brasil, beneficiando inicialmente 600 crianças na cidade de Poços de Caldas (MG) e a comunidade da Cidade de Deus, no Rio de Janeiro. O projeto, já presente em 25 países, incentiva a prática de esportes em crianças e adolescentes e capacita os professores para difundir hábitos de vida saudáveis. Nos anos de 2014 e 2015, o projeto movimentou 4,1 milhões de crianças em todo o mundo.
Para o Dr. Hugo Ribeiro, ter uma vida saudável começa com um novo olhar sobre aquilo que comemos.
— A alimentação saudável não poder ser mensurada em cada colherada consumida, e sim num conjunto de refeições ao longo de um período. Somos frutos de uma programação genética, somos o que nossos pais e avós comeram. Mudar o padrão alimentício não é coisa de anos e sim de séculos — explicou o médico e professor da Universidade Federal da Bahia, acrescentando que é preciso promover a nutrição para suprir as necessidades das crianças brasileiras.
Já Magic Paula comentou sobre uma das maiores deficiências do sistema educacional brasileiro: a pouca valorização da prática esportiva nas escolas.
— Temos um sistema arcaico de educação física nos colégios. Não é algo valorizado e nem apresentado de forma lúdica aos alunos para estimulá-los. E se alguém diz que vai estudar educação física, fica a impressão que é coisa de ‘vagabundo’.
A ex-atleta ainda analisou a importância da prática esportiva em todas as idades.
— Fazer exercícios físicos ajuda no trabalho e melhora o sono, entre outras vantagens. E é uma questão de hábito: quanto menos você faz, menos vai querer fazer — frisou.
Para o embaixador da Itália no Brasil, Antonio Bernardini, o evento foi importante para mostrar os problemas que envolvem a má alimentação.
— Estamos saindo daqui conscientes de que temos que nos preparar para um futuro melhor — concluiu.