Marcas italianas reuniram o melhor da moda para atletas e esportistas com uma apresentação repleta de música e de cores brasileiras

Como em 2012, às vésperas das Olimpíadas de Londres, no dia 4 de agosto, antes da abertura oficial dos Jogos do Rio, foi realizado um evento que reuniu 20 prestigiosas marcas italianas em um desfile de moda dedicado aos modelos esportivos mais recentes e inovadores. O evento foi promovido pela Italian Trade Agency (ITA), em parceria com Associação Italiana dos Fabricantes de Material Esportivo (Assosport), com o apoio da Embaixada italiana, do Consulado no Rio de Janeiro e do Instituto Italiano de Cultura, que disponibilizou a sala com o palco onde desfilaram os modelos brasileiros. Antes de começar o desfile, foram projetadas nas telas imagens que ressaltavam a beleza do Rio de Janeiro, acompanhadas por música da bossa nova. Os modelos da Ford Models caminharam pelas duas passarelas posicionadas nas duas extremidades do palco para mostrar os 100 looks do Sportsystem Made in Italy. As roupas apresentadas abrangiam várias modalidades, como ciclismo, dança, motociclismo, futebol, trekking, ginástica, boxe, natação, moda praia e tênis.
O organizador do desfile Carlos Pezetto soube combinar a elegância da moda italiana com a alegria dos brasileiros e as cores vivas da terra tupiniquim. A abertura e o encerramento do evento contaram com a apresentação do Dream Team do Passinho que, com o seu gingado, contagiou o público presente. Após o desfile, foi oferecido um coquetel no Terraço Belvedere no último andar do prédio do Consulado italiano.
De acordo com a diretora de Assosport, Manuela Viel, que representou as marcas italianas de equipamentos, roupas e calçados esportivos, os tecidos, a pesquisa e a inovação garantem o melhor desempenho para atletas e amantes do esporte.
— O casamento entre o design, a moda italiana e o Brasil, que é uma das grandes pátrias esportivas do mundo, é uma combinação perfeita. Os produtores italianos de materiais e equipamentos esportivos olham para este país com muito interesse e visam realizar mais parcerias e integrações. Nós gostaríamos de ver sempre mais brasileiros correndo pela orla ou pela lagoa, andando de bicicleta com roupas esportivas italianas, que não apenas são lindas, mas são tecnicamente perfeitas e inovadoras — frisou o conselheiro econômico da Embaixada italiana, Gabriele Annis que, no final de agosto, ocupará o cargo de embaixador no Paraguai.

ITA realiza projeto Made in Italy para promover produtos e serviços
A diretora da agência governamental italiana Erica di Giovancarlo pensou os Jogos Olímpicos como uma ótima ocasião para mostrar as últimas novidades das 20 grifes italianas.
— Estamos desenvolvendo um projeto chamado Made in Italy, que promove os diversos setores no exterior, e, no caso do Brasil, o projeto inclui várias áreas, da infraestrutura ao agroalimentar. Este ano, decidimos acrescentar a moda, especialmente aquela esportiva, na qual os brasileiros tem muito interesse porque, além de fazer muitas atividades físicas, usam o look esportivo para o tempo livre — explicou à Comunità di Giovancarlo, originária de Viterbo, mas romana por adoção.
A diretora italiana é uma apaixonada pelo esporte: por muitos anos foi atleta de nível profissional de várias disciplinas e continua praticando atividade física para manter-se em forma.
Ao ser perguntada sobre as atuais relações comerciais entre Brasil e Itália, di Giovancarlo as classificou como muito boas, pois as barreiras culturais que podem existir em outros países não existem aqui. Segundo os dados do Instituto Italiano de Estadistíca (Istat), em 2015, o comércio entre os países atingiu 7,8 bilhões de euros. Apesar disso, a executiva não nega o momento de desaceleração da economia brasileira que repercutiu na Itália, mas isso “não impediu as empresas italianas de manterem a presença no Brasil e de manifestarem o interesse no país, por isso que continuamos a organizar eventos e a promover a produção em alguns setores”.
— Esta crise é interpretada pelas companhias italianas como um momento de transição. São ciclos, pode ir para cima e para baixo, mas vai melhorar — concluiu a diretora, no comando da agência italiana desde novembro de 2015.