Comunità Italiana

A (difícil) estratégia de Matteo Renzi

 

Com grandes planos para um futuro incerto, Matteo Renzi tem a delicada missão de escolher quem estará ao seu lado nas eleições

A meta do Partido Democratico (PD) e reformular integralmente a legenda. Para isso, o grande propulsor é o líder do PD Matteo Renzi, que deixou evidente o seu desejo: quer nomes de peso para o partido na disputa eleitoral de março na Itália, e ele não vem medindo esforços nas negociações políticas para atingir sua meta.

A lista de Renzi jká conta com influentes personagens da política italiana, dentre os quais Tommaso Nannicini, economista de Havard, autor do programa Democrata do PD; Giuliano Da Empoli, escritor que acompanhou Renzi em visitas institucionais com chefes de estado estrangeiros. Tommaso Cerno, co-diretor da República, e a advogada milanesa Lisa Noja.

Na lista de Renzi, há também três reitores: Alberto Felice De Toni (Udine); Pietro Navarra (Messina); Claudio Pettinari (Camerino). Entre os candidatos cívicos, está Carla Cantone, ex-secretária do Spi-Cgil, da Puglia, notória anti-d’Alema, e Paolo Siani, irmão de Giancarlo Siani, repórter assassinado pela Camorra, em setembro de 1985.

Renzi reconhece a tensão do momento, agravado por protestos de políticos daqueles que podem ficar fora da lista final. Renzi está, porém, confiante de que sua jogada política é “perfeita”. O líder do PD quer uma equipe forte para as eleições e, principalmente, para pós-eleições. Mas a lista provisória de Renzi sugerida à minoria do partido é vista como “pouca generosa” por outras eminências pardas do PD, entre elas Andrea Orlando, Michelle Emiliano, Maurizio Martina e Dario Franceschini. Ou seja, apesar de ser a maior sigla política da Itália, o PD permanece fragmentado em diversas (e antagônicas) lideranças internas.