Os cofundadores da Dolce & Gabbana pediram desculpas à China na última sexta-feira (23), tentando preservar um mercado crucial para a grife de luxo depois de uma reação negativa à sua mais recente campanha publicitária
A marca italiana cancelou um desfile em Xangai na quarta-feira depois que celebridades e usuários de redes sociais ameaçaram um boicote em reação à campanha, que levou empresas de e-commerce a retirar itens da Dolce & Gabbana de seus sites na quinta-feira.
A polêmica é um contratempo para uma das marcas italianas mais conhecidas na China, onde rivais como Louis Vuitton e Gucci buscam se expandir. A clientela chinesa representa mais de um terço dos gastos mundiais com bens de luxo e compra cada vez mais em casa, em vez de em viagens ao exterior.
Usuários criticaram um vídeo da campanha no qual uma chinesa tenta comer pizza e espaguete com hashis enquanto um narrador oferece lições de como comer em tom condescendente.
A gafe se agravou quando circularam na internet capturas de tela que mostravam o estilista Stefano Gabbana supostamente chamando a China de “máfia ignorante e fedida” em uma conversa pessoal no Instagram e usando um emoticon de fezes para descrever o país. A empresa disse que a conta de Gabbana foi hackeada.
Em um pedido de desculpas por vídeo divulgado na sexta-feira, Gabbana e o cofundador da marca Domenico Dolce disseram que “refletiram seriamente” e que ficaram tristes com o impacto de suas palavras.
“Tendo em vista nosso mal-entendido cultural, esperamos ser dignos de seu perdão”, disse Dolce em italiano no vídeo, em que os dois estilistas aparecem sentados lado a lado.
(Reuters)