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Editorial

14 de julho de 2011 - Por Comunità Italiana

Sem litígio

Uma capa para dizer que, apesar dos erros cometidos por políticos de ambas as partes na novela Battisti, setores importantes da sociedade brasileira e italiana dialogam amistosamente e promovem o que há de melhor entre estes dois países. A histórica relação logicamente não deve ser afetada por decisões unilaterais de indivíduos que, muitas vezes, apesar de eleitos, não respeitam a opinião dos povos que representam.

A trapalhada em torno do caso do terrorista abrigado por aqui foi amplamente divulgada pela imprensa e, como em toda aventura, teve quem estivesse feliz no final. Não só o condenado no país de origem, livre pelas ruas de São Paulo, mas outras nações aproveitaram este intervalo matrimonial ítalo-brasileiro para negociar e vender sem a presença de um competidor importante pela qualidade de seus produtos, que se acorrentou por dois anos aos pés do assassino Cesare Battisti. O desfecho trazemos nesta edição em que a reportagem ouviu os diversos atores do caso, com especial atenção aos juristas.

E por aqui, se foi o presidente do Real, Itamar Franco. Como bom mineiro, o homem que lançou o plano que deu estabilização à moeda, era conhecido pelo seu jeito conciliador e demonstrou isso por diversas vezes. Quando foi embaixador em Roma, fui visitá-lo no lindo Palazzo Pamphilj, e naquela época, 9 de maio de 2005, ele procurava apoio do Ministério das Relações Exteriores italiano para resolver o desaparecimento do conterrâneo João José de Vasconcellos Júnior, no Iraque. O engenheiro trabalhava na construção de uma usina elétrica pela construtora Norberto Odebrecht quando desapareceu, em 19 de janeiro daquele ano, e radicais islâmicos reinvidicavam o ataque a um veículo que passava na cidade de Baiji, a 180 quilômetros de Bagdá. “O Brasil não tem representação diplomática no Iraque, já os italianos têm, além da ampla experiência de sucesso nas diversas ocasiões em que foram exigidos”, comentou na época Itamar Franco. Infelizmente o corpo de Vasconcellos foi encontrado e enterrado dois anos após o caso, em junho de 2007. Ainda no nosso encontro, Itamar queixou-se duramente: “O governo brasileiro não deu atenção ao meu pedido, o que é uma lástima”.

O então embaixador Itamar era tímido e de posições claras. Quando lembrou de suas raízes italianas, se emocionou ao falar da falecida mãe, que se chamava Itália. “Meus antepassados eram de Padulla, província de Salerno. Tenho muito orgulho de minha herança”.

Se hoje o país cresce em grande estilo, deve-se também à gestão transparente e tranquila, pelos apoios que conseguiu entre partidos de oposição, de Itamar Franco, há quase 20 anos. Que as lições do presidente responsável por arrumar o cenário num dos momentos mais difíceis da história do Brasil – ele assumiu em 1992, após o impeachment de Fernando Collor de Mello, com recessão, inflação aguda, desemprego etc – sirva de exemplo.

Boa leitura!

Comunità Italiana

A revista ComunitàItaliana é a mídia nascida em março de 1994 como ligação entre Itália e Brasil.