Comunità Italiana

Editorial

{mosimage}Traz a conta

A economia mundial freia. Incertezas, planos de salvação dos bancos centrais e iniciativas para o estímulo da economia tornam-se comuns, como um paciente que precisa de uma droga para mantê-lo ligado. Por quanto tempo? É culpa da União Europeia?
São perguntas que por si só causam estresse, principalmente quando vêm acompanhadas de respostas como austeridade, rigor, dever de casa e assim por diante. As políticas desenhadas para salvar os países europeus que cobram mais taxas e menos investimentos são recessivas. Especialistas econômicos calculam que cada ponto percentual do Produto Interno Bruto europeu incide em 0,4 pontos na média mundial. Como existem variações de país a país, quando a Europa decresce em 1%, nos Estados Unidos este percentual incide em 0,26 pontos. No Japão seria de 0,72. Já no Brasil incide em 0,97; no México, em 1,27; e na Rússia, em 1,79.
Para agradar de imediato ao mercado global, incluso os especuladores de plantão, os político europeus, e também os técnicos, optaram pela forma mais fácil de mostrar que estão empenhados em resolver os problemas: reduzir as contas e aumentar os impostos.
O mundo é interligado, mas nós por aqui verificamos com certo atraso os efeitos corrosivos destas medidas com diminuição na previsão do crescimento econômico para este ano. Por outro lado, nosso BC se vê obrigado a cortar a taxa Selic, hoje em 8%, o que esperamos que se traduza rapidamente em empréstimos mais justos para os investimentos das empresas.

Mas, em tempos de sustentabilidade, um tema recorrente nesta edição é o bem estar. A busca por qualidade de vida em tempos de crise não é impossível e sim necessária em todas as fases da existência, mesmo as mais críticas. Como no confucionismo em que a filosofia do equilíbrio perfeito está entre a moral, a política, a pedagogia e a religião, cada vez mais homens e mulheres se veem diante do espelho em busca de saber ao que vieram a este mundo.
Nossa capa traz o projeto de urbanismo sustentável proposto pelo arquiteto italiano Marco Casamonti no planejamento de uma “nova favela” para o Rio de Janeiro. Os leitores também poderão ler aqui a história de Nerio Alessandri, que, da garagem de sua casa, criou uma das maiores realidades em produtos para treinamentos físicos e pela quinta vez consecutiva fornece seus produtos para as Olimpíadas. Ele é adepto da filosofia wellness, que você conhecerá nas próximas páginas.

Boa leitura!