Lucas Paquetá foi apresentado oficialmente na terça-feira (8) na Casa Milan. Foram cerca de 40 minutos de entrevista coletiva, mas logo nas primeiras perguntas o meia ouviu uma palavra bastante comum quando se fala de brasileiros no clube rossonero: Kaká. A revelação do Flamengo, negociada por 35 milhões de euros, disse que espera seguir os passos do melhor do mundo em 2007.
– O Kaká é um grande jogador, o meu ídolo. Vi os seus jogos no Milan, sei de sua história, foi o melhor do mundo. Espero poder seguir o que ele fez e construir a minha história aqui com títulos – disse, em português, enquanto ainda está aprendendo o italiano.
– Eu joguei com o Kaká há alguns dias (no Jogo das Estrelas de Zico). Ele me disse que eu iria encontrar um clube como uma família e vou tentar seguir os conselhos que me deu – completou em outra oportunidade.
Também presente na coletiva – assim como o ídolo Paolo Maldini (diretor de desenvolvimento e estratégia esportiva) e Paolo Scaroni (presidente) -, Leonardo (diretor esportivo) tratou de acalmar logo possíveis comparações que viessem a surgir:
– O Milan tem uma grande história com jogadores brasileiros. A expectativa é alta e compreensível. O talento existe, mas não façamos comparações com Kaká. São situações diferentes. Ricardo chegou num Milan vencedor e com tantos campeões, agora a equipe e a empresa estão em construção, então para avaliarmos teremos que levar em conta todos esses aspectos. Mas o talento está lá.
O novo camisa 39 (escolheu o mesmo número que começou no Flamengo) rossonero encheu a bola do clube ao revelar a primeira palavra que o convenceu a assinar contrato até junho de 2023:
– “Milan”. Quando um clube com esta história me chamou eu fiquei muito feliz. Eles me presentearam com um importante projeto e com profissionais importantes. Conversei com a família e decidimos que o Milan era o lugar certo para mim.
E quando vai ser a estreia?
Paquetá tem treinado desde o fim do Brasileiro e deve ter condições de jogar alguns minutos no sábado, em partida contra a Sampdoria, pela Copa da Itália.
Na outra quarta-feira, dia 16, há uma oportunidade de ouro contra a Juventus, pela Supercopa. Houve uma curiosidade na imprensa sobre qual seria a preferência do jogador, famoso por sua polivalência, uma vez que atuou em diversas funções pelo Flamengo. Ele deu sua opinião:
– Fico à vontade como meio-campista. No Flamengo eu estava jogando mais à frente, mas sou versátil e minha meta é ajudar o time. Toda partida é importante quando você veste vermelho e preto. Minha ideia é jogar na frente, jogar um futebol ofensivo com o time.
– Sou um jogador técnico que sempre tenta entender como funciona o jogo e como se desenvolve. Acho que tenho um bom físico e estou trabalhando muito com e sem a bola, pois na Itália é muito importante. Eu quero criar chances e finalizar a gol – descreveu.
Paquetá, porém, está ciente dos desafios que o aguardam numa liga bem diferente do Brasileiro.
– Vi muitos jogos da Série A. É um futebol muito físico e tático, diferente do brasileiro. Eu vou estar atento a todos os detalhes que vão me ensinar a melhorar e dar em campo o melhor de mim para ganhar.
– Preciso me ambientar o mais rápido possível ao futebol italiano e me entrosar com os companheiros. Desde criança, sempre tentei jogar em posições diferentes. Quero dar meu melhor para o time.
(GE)