Um grupo de manifestantes pró-Rússia invadiu e ocupou a sede de uma emissora pública ucraniana em Donetsk, capital da região homônima localizada no leste do país, que tem sido palco de confrontos entre as forças de segurança de Kiev e separatistas.
Assim como Kharkov, também na parte oriental da Ucrânia, a cidade conviveu neste domingo (27) com uma série de atos em favor de Moscou. Os dois municípios são grandes polos industriais e boa parte de seus habitantes é de etnia russa. Os manifestantes pedem a realização de um referendo pela federalização do país, o que daria mais autonomia para cada uma das regiões.
Além disso, um grupo armado pró-Rússia capturou três agentes do serviço secreto ucraniano em uma cidade perto de Donetsk. Os militares estão agora detidos em Sloviansk, também no leste, e são considerados prisioneiros de guerra pelos seus sequestradores. O comandante das unidades pró-Moscou, Igor Strelkov (segundo Kiev, um coronel da inteligência russa), afirmou que os três foram presos durante uma “missão de combate” e tentaram resistir. O objetivo do grupo é trocar os agentes pelos quatro manifestantes que foram capturados na região de Luhansk pelas forças ligadas ao governo central.
Osce
Um dos observadores da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (Osce) raptados por grupos pró-Rússia na Ucrânia foi solto. Trata-se do único sueco que estava em poder dos sequestradores. Ele deixou o cativeiro ao lado de dois negociadores da entidade. Quatro alemães, um tcheco, um dinamarquês e um polonês ainda estão sob custódia. (ANSA)