Os onze homens que começaram a decisão tinham alguns compromissos: manter a hegemonia, quebrar recordes e consolidar essa geração como uma das mais vitoriosas da história do futebol. Até então, todos cobravam uma atuação à altura do prestigio e do favoritismo da Espanha.

A Itália pagou essa conta. O futebol envolvente de passes precisos foi recompensado. Fábregas cruzou e Silva de cabeça marcou o primeiro. Não havia dúvidas de que eles guardaram o melhor para o fim. Em alta velocidade, Xavi descobriu Jordi Alba: 2 a 0.

No meio do mar vermelho, êxtase. Para onde a câmera apontava, via-se orgulho, satisfação, felicidade. Aquela Espanha, campeã europeia, campeã mundial, líder do ranking da Fifa, estava de volta.

A Itália apareceu para valorizar ainda mais a Eurocopa de Casillas. Ele só sofreu um gol em seis jogos. E assim mesmo, na estréia. De lá pra cá, foram cinco partidas sem ser vazado.

Com 15 minutos do segundo tempo, o brasileiro naturalizado italiano Thiago Motta deixou o campo machucado. Com um a mais, os reservas espanhóis entraram na correria. Fernando Torres fez 3 a 0, o gol pra sacramentar o titulo.

Novamente Fernando Torres, que ganhou a chuteira de ouro com três gols, apareceu na frente de Buffon. E ele fez tudo que os espanhóis mais adoram: passar a bola. Juan Mata balançou pela ultima vez as redes na Ucrânia: 4 a 0, o maior placar de todos os tempos numa final de Eurocopa.

E a taça tão cobiçada mais uma vez foi erguida pelo capitão Casillas. O primeiro bicampeão europeu seguido. E ano que vem tem a Copa das Confederações no Brasil. Os adversários que se preparem, porque os espanhóis se acostumaram a ganhar e estão adorando esse papo de dominar o mundo.

(G1)