Um espetáculo em cartaz em Roma leva o público a uma imersão na história do célebre teto da Capela Sistina, uma das obras-primas de Michelangelo e que continua encantando pessoas do mundo todo passados mais de 500 anos de sua conclusão
Desde a estreia de “Juízo Final: Michelangelo e os Segredos da Capela Sistina”, em março deste ano, mais de 150 mil ingressos já foram vendidos, informou Alessandro Mancini, representante da Artainment Worldwide Shows, produtora responsável pela peça, durante um evento de promoção no Consulado da Itália em São Paulo.
É o primeiro evento permanente na capital italiana, já confirmado pelos próximos cinco anos. Com dois horários diários, um em italiano e o outro em inglês, o espetáculo conta com tradução simultânea para nove idiomas, incluindo o português, e acontece no Auditório Conciliazione.
Com duração de 67 minutos e projeções de vídeo em 270º, o espetáculo é considerado imersivo e inovador. Carregado de efeitos de luz e som, foi produzido sob curadoria científica dos Museus do Vaticano, que pela primeira vez permitiram que uma empresa privada filmasse o interior da Capela Sistina.
O show se apresenta como uma viagem no tempo, mostrando como era a igreja sem as pinturas de Michelangelo e toda a batalha do artista para terminar a obra, já que ele preferia ser escultor.
Eleições papais e segredos dos conclaves são outros temas que rondam a apresentação. Tudo sob trilha-sonora do músico britânico Sting.
“Michelangelo é o símbolo da cultura e da arte da Itália. Então, o espetáculo em que o visitante pode conhecer a sua história e o que ele fez até pintar a Capela Sistina é uma coisa única”, comentou Fernanda Longobardo, responsável no Brasil pela Enit, órgão oficial de promoção do turismo na Itália.
O país é um destino muito querido pelos brasileiros, e Mancini tem viajado o mundo fazendo a promoção do espetáculo, que, segundo ele, foi solicitada formalmente pelo governo brasileiro.
Ele comentou ainda que, no momento, dois mercados nos Estados Unidos estão sendo cotados para futuras apresentações.
O idealizador do evento é o diretor artístico Marco Balich, responsável pela abertura de cinco Jogos Olímpicos, inclusive os do Rio de Janeiro, em 2016, bem como pela Árvore da Vida, na Expo 2015, em Milão.
(Agência ANSA)