Nesta terça-feira cada aspirante teve 30 minutos para apresentar seu projeto ante o Comitê Executivo da União Européia de Futebol.
Normalmente a decisão é tomada por um corpo formado por 14 de jurados, incluindo-se o presidente da Uefa, Michel Platini. Mas, desta vez serão 12, pois o italiano e o ucraniano se retiraram.
A votação secreta será realizada nesta quarta-feira. Os votos, em envelopes selados, serão entregues a Platini, que anunciará o resultado.
Se nenhum aspirante conseguir pelo menos sete dos 12 votos, o terceiro colocado será eliminado e será realizado um segundo turno. Se nesta segunda votação o resultado acabar em empate (seis votos para cada candidato), Platini dará o voto de minerva.
Mas o francês disse que não se manifestará, que seguirá a recomendação da comissão de equipes nacionais da Uefa.
"Estou otimista", assegurava à AFP Luca Pancalli, ex-comissário extraordinário da Federação Italiana de Futebol (FIGC).
"Paradoxalmente, teria muito mais dúvidas se não tivesse passado por tudo o que passei. A classe política, o Comitê Olímpico Italiano (CONI) e a Federação responderam séria e rapidamente, como nunca aconteceu até agora", dizia o italiano.
"Também organizamos o Mundial-1990 e tivemos a oportunidade de demonstrar suas qualidades", acrescentou.
O Prêmio Nobel da Paz, Lech Walesa, apóia o projeto polonês-ucraniano. Elegê-lo seria "um claro sinal de que as mudanças ocorridas em nossa parte da Europa há mais de 15 anos foram apreciadas pela Europa Ocidental", escreveu a Platini o histórico fundador do Sindicato Solidariedade.
Por sua vez, o presidente da Federação Croata, Vlatko Markovic, denunciou que "a Itália não tem direito de reivindicar ( Eurocopa – 2012) depois dos escândalos, como tampouco a Polônia, onde também jogos foram manipulados".
As duas candidaturas, sem dúvida, esperam que Platini, eleito presidente da Uefa com o apoio dos pequenos países do Leste, se manifeste a favor deles.