O diretor-geral da FAO, o brasileiro José Graziano, se reuniu esta quinta-feira em Roma com o presidente do Haiti, Michel Martelly, a quem ofereceu 'ajuda sustentável' para o desenvolvimento do país, um dos mais pobres e devastados das Américas.
O diretor da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO) assegurou que a entidade, presente há anos no país do Caribe, entende 'mudar a ação de emergência pelo desenvolvimento', afirmou.
'O Haiti vive uma situação de emergência continua, assim que o que se deve dar é ajuda sustentável. Redesenhar os programas para que sejam mais sustentáveis a médio e longo prazos', afirmou Graziano à margem do encontro.
Martelly, que concluiu na Itália um giro europeu iniciado há oito dias na cúpula Ibero-americana de Cádiz (Espanha), acertou com Graziano fazer um apelo à comunidade internacional para que aporte 74 muilhões de dólares nos próximos doze meses para reativar o setor agrícola devastado em outubro pelo furacão Sandy.
O presidente haitiano, que foi recebido pela manhã em audiência privada pelo papa Bento XVI, afirmou ter aproveitado sua visita à Europa para apresentar a 'nova cara' do Haiti, 'desconhecida, menos triste, meta para investimentos e turística', afirmou.
'Venham ver, venham nos visitar, venham investir. Há muito por fazer', disse.
Martelly afirmou, ainda, que seu país está assumindo 'suas responsabilidades' e que quer, sobretudo, 'receber investimentos'.
O presidente caribenho, de 51 anos, que assumiu a Presidência em maio de 2011, ilustrou brevemente os feitos em educação, combate à fome, corrupção, migração e desemprego e insistiu na necessidade de atrair os investidores estrangeiros como a melhor forma de tirar seu país da pobreza.
Depois do terremoto que deixou, em janeiro de 2010, mais de 300 mil mortos e um milhão e meio de pessoas sem casa e de vários desastres naturais ocorridos no período de pouco meses este ano, o chefe de Estado haitiano se diz otimista.
'Minha mensagem foi bem recebida por todos os lados, têm me escutado, inclusive no Parlamento Europeu fui recebido com ovações', comentou.
(AFP)