Figc e Liga Amadora querem ficar com um esporte em ascensão
(ANSA) – Em franco desenvolvimento, o futebol feminino virou motivo de disputa entre duas federações na Itália, que brigam pelo direito de administrar as principais divisões da modalidade no país.
Em maio passado, a Federação Italiana de Futebol (Figc), que está sob intervenção do Comitê Olímpico Nacional Italiano (Coni), decretou que a gestão das Séries A e B do futebol feminino na “nação da bota” passaria para a entidade.
A disputa ganhou mais um ingrediente nesta sexta (27), quando a Figc anunciou um recurso ao Colegiado de Garantia do Esporte, tribunal superior. “A Figc permanece convicta da legitimidade do enquadramento das divisões femininas em sua estrutura, destinado ao crescimento do movimento como um todo”, disse a entidade.
Já o presidente da LND, Carlo Sibilia, rebateu que é “extremamente grave” que o comissário extraordinário da Figc, Roberto Fabbricini, nomeado pelo Coni para comandar a entidade interinamente, faça um “recurso contra uma decisão do órgão de justiça da própria federação”.
A Figc justifica a medida com o argumento de que o futebol feminino passará a ter duas divisões nacionais e um campeonato interregional (que ficaria com a LND), o que exigiria uma estrutura acostumada com as categorias profissionais.
As jogadores e os clubes femininos estão do lado da Figc. “Desapontamento por aquilo que parece uma brusca freada do desenvolvimento de todo o sistema”, diz uma declaração enviada à ANSA pelas atletas, treinadoras e equipes da Série A.
Expansão
O futebol feminino tem crescido nos últimos anos na Itália, com a adesão de clubes do primeiro escalão nacional, como Juventus, campeã da temporada 2017/18 tanto entre os homens quanto entre as mulheres, e Fiorentina. Na próxima Série A, a “Velha Senhora” ganhará a concorrência do Milan.
Além disso, a Itália garantiu presença na edição de 2019 da Copa do Mundo, torneio do qual não participa desde 1999.