Maior bloco importador mundial de fruta, União Europeia deve continuar sendo o principal destino das exportações brasileiras. Remessa para a Itália registrou crescimento de 3,3% na receita no primeiro semestre de 2014
Banana, melão e manga são as frutas brasileiras que mais atraem o mercado europeu. Apesar das turbulências econômicas, a União Europeia continua sendo a grande compradora dos produtos, sendo o destino de 80% das exportações de frutas frescas do Brasil. Com crescimento em receita de 6,2% em 2013, e de 2,7% em volume, na comparação com o ano de 2012, as exportações devem seguir tendência de crescimento estável, neste ano, segundo o Instituto Brasileiro de Frutas (Ibraf).
Como terceiro maior produtor de frutas, atrás apenas da China e da Índia, o Brasil produz 42,6 milhões de toneladas, em 2,2 milhões de hectares distribuídos pelo país.
— O fechamento de 2013 em relação a 2012 apresentou crescimento estável. Estamos em uma fase de estabilidade no crescimento, desde 2009, devido à oscilação econômica mundial — analisa o gerente de inteligência de mercado do Ibraf, Cloves Ribeiro Neto.
Segundo Neto, vários fatores impedem o crescimento ainda maior das exportações, como a valorização do real frente às moedas internacionais.
— O câmbio vem sendo desfavorável para a exportação e, por isso, o mercado interno também consome uma boa parte da produção — explica.
Apesar de estar longe de um cenário ideal para a expansão da exportação, a União Europeia ainda é o carro-chefe para o comércio externo de frutas. Entre os principais consumidores estão Países Baixos e Reino Unido.
A Itália segue na sexta posição dos destinos de frutas frescas brasileiras, com crescimento de 3,3% na receita de exportação, no comparativo do primeiro semestre de 2014, com o mesmo período de 2013. Bananas, melões, mangas, mamões, limões e maçãs ficaram no topo do consumo italiano.
Italianos degustam sabor brasileiro em Cesena
O mamão do Espírito Santo foi apresentado na 31ª edição da MacFrut, considerada a maior feira do setor de frutas e hortaliças na região do Mediterrâneo e uma das maiores da Europa. O evento aconteceu em Cesena, na Emília-Romanha, de 24 a 26 de setembro. A fruta foi levada aos visitantes pela Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Papaya (Brapex), entidade que representa o setor, com sede em Linhares (ES).
A associação foi selecionada pelo Ministério da Agricultura para integrar o Pavilhão do Brasil, que apresentou outros produtos, como o gengibre e a banana. A missão incluiu ainda dois dias de visitas técnicas guiadas a instituições e empresas na região de Bolonha.
Segundo o diretor executivo da Brapex, Franco Fiorot, a entidade teve espaço para expor o mamão do Brasil e realizar degustações para os visitantes.
— A União Europeia tem um dos maiores consumos per capita de frutas e hortaliças no mundo e é um dos maiores importadores mundiais de mamão. Iremos fomentar ainda mais esse mercado — afirma Fiorot.
Nos sete primeiros meses de 2014, de janeiro a julho, o Espírito Santo exportou mais de 191 toneladas de mamão somente para a Itália, gerando US$ 300 mil em negócios.
— Comparando com anos anteriores, quando o país chegou a importar mais de 550 toneladas de mamão (em 2011), os dados mostram que a consolidação do mercado, por meio de ações promocionais, pode expandir os índices de exportação estadual para a Itália — avalia o diretor executivo da Brapex.
A MacFrut contou com aproximadamente 30 mil m² de área de exposição, 819 exibidores e mais de 24 mil visitantes.
Ranking da exportação brasileira
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