Os gastos públicos em 2009 chegaram a quase € 800 bilhões e ultrapassaram, em valores percentuais, mais da metade do Produto Interno Bruto (PIB), que retornou aos patamares dos anos 90. É o que revelam as estatísticas sobre as contas e agregados econômicos das administrações públicas divulgadas pelo Istat, o Instituto Italiano de Estatísticas.
A despesa pública total de 2009 foi de € 798,854 bilhões, ou seja, 52,5% do PIB, registrando um aumento (sempre em relação ao PIB) pelo terceiro ano consecutivo. Como em toda a Europa, pesaram os custos das amortizações sociais.
Na comparação com os demais países europeus, a despesa total da Itália em relação ao PIB, às vendas de bens e serviços e de amortizações, superou em 1,3 pontos percentuais a média dos 16 países da área do euro e em 1,2 a média dos países da União Europeia.
As despesas em termos de consumo final das administrações públicas aumentaram 3,3%, desacelerando, em relação ao crescimento de 4,3% de 2008.
"A contribuição mais importante para o aumento dos gastos na Itália, como nos outros países da UE, é consequência das prestações pecuniárias (aposentadorias, benefícios, etc.): em 2009, elas incidiram em mais de 36% sobre as saídas e um crescimento em relação a 2008 de 5,1%, devido aos efeitos da crise mundial sobre as amortizações sociais", destacou o Istat.
Em 2009, a queda das taxas de juros teve "um papel importante de contenção do aumento dos gastos públicos", acrescentou. A Itália sobe dois lugares na classificação europeia (UE- 27) para a carga tributária: em 2009 a carga fiscal sobre o PIB foi de 43,2%, um aumento em relação a 2008, o que posiciona o país em quinto lugar, junto com a França, na classificação europeia por pressão fiscal.
Em 2008 a Itália estava em sétimo, Para retornar a uma carga tributária maior neste país europeu, é preciso retroceder a 1997, o ano da Eurotaxa.
Fonte: Ansa