Cantor napolitano Gigi D’Alessio faz breve passagem pelo Brasil e se apresenta na inauguração da Casa Itália

Mais que uma festa do esporte, os Jogos Olímpicos celebram a confraternização entre os povos. Com este espírito, a Casa Itália reforçou a amizade com o Brasil ao mostrar um pouco mais da cultura italiana. Uma das atrações foi o cantor napolitano Gigi D’Alessio que se apresentou na inauguração da estrutura, no Clube Costa Brava. Ao contrário de outros cantores italianos, como Andrea Bocelli, Eros Ramazzotti e Laura Pausini, Gigi ainda é desconhecido da maior parte do público brasileiro. Ele ganhou fama em todo o país após a participação no Festival Sanremo, em 2000 e 2001.
Em sua primeira passagem pelo país, o artista fez um miniconcerto na inauguração da Casa Itália onde cantou alguns de seus sucessos para uma plateia composta de líderes empresariais, políticos, jornalistas e membros dos vários comitês olímpicos. Antes da inauguração, o cantor italiano se encontrou com Pelé e pediu-lhe que enviasse um saluto para o seu time, o Napoli, tendo sido prontamente atendido pelo ex-jogador brasileiro, que saudou a squadra com o tradicional Forza Napoli!
Seu primeiro contato com a música aconteceu a partir de um acordeão, presente do pai, comprado em Caracas. A partir deste momento, Gigi estudou o instrumento com a mesma paixão com a qual, aos 12 anos, se inscreveu no Conservatório di San Pietro a Majella, em Nápoles, de onde saiu após ter obtido o diploma de pianoforte. Pouco depois de formado, D’Alessio se tornou pianista de Mario Merola, com quem escreve Cient’anne, canção de grande sucesso.
No ano 2000, D’Alessio participa do Festival de Sanremo na seção Campeões, com Non dirgli mai, que ficou meses como a mais tocada nas rádios italianas, enquanto seu álbum Quando la mia vita cambierà conquistoua o disco de ouro ao exceder a marca das 400 mil cópias vendidas. Em 2005, retornou ao Festival de Sanremo com a música L’amore che non c’è, escrita em parceria com Vincenzo D’Agostino, que, em seguida, foi adicionada ao álbum Quanti amori, relançado álbum que registrou 12 semanas de permanência no top dez.

Cinema e música dão voz aos problemas sociais da Campânia
De perfil político ativo, sempre disposto a ajudar sua terra, se filiou ao Partito Radicale em 2015, com direito a selfie com Marco Pannella. No mesmo ano, participou do documentário Malaterrra. Escrito e dirigido por Ambrogio Crespi e Sergio Rubino, o filme traz Gigi D’ Alessio como protagonista e mostra a realidade complexa da “terra do fogo”, uma região da Campânia, entre as províncias de Nápoles e Caserta, que sofre com o aterramento de lixo e a queima ilegal de material tóxico. Premiado no festival internacional de cinema de Taormina em 2015, o filme mostra D’Alessio em contato com o povo e atento às necessidades de sua gente, e promovendo a reflexão através de encontros com agricultores, jornalistas, médicos, pesquisadores e voluntários.
A trilha sonora a cargo de Gigi contém o clássico repertório napolitano e os arranjos do maestro Adriano Pennino e alguns dos maiores nomes da música italiana, como Anna Tatangelo, Gianni Morandi e Dear Jack. Malaterra reúne no total 14 faixas, das quais cinco são inéditas e oito são regravações de canções clássicas napolitanas. Os lucros provenientes do álbum serão revertidos pelos próximos sete anos para a entidade Campania Sicura, e serão utilizados para iniciativas ligadas à recuperação das áreas afetadas.