Para comemorar os 450 anos do Rio de Janeiro, a Enel Green Power trouxe duas obras de ícones da pintura italiana dedicadas a São Sebastião, padroeiro da cidade
O ano de 2015 está prestes a terminar, mas as comemorações pelo 450° aniversário do Rio de Janeiro continuam. A Itália não poderia faltar e decidiu homenagear a antiga capital brasileira, conhecida por seus encantos naturais, com a sua preciosa arte. Na noite de 27 de novembro, o Museu Nacional de Belas Artes (MNBA) abriu as portas para visitação da exposição São Sebastião: uma homenagem da Itália ao Rio de Janeiro. A mostra que comemora também o Ano da Itália na América Latina é fruto de uma parceria entre o MNBA, a Embaixada italiana no Brasil, o Consulado italiano no Rio de Janeiro e o Instituto Italiano de Cultura, com o apoio da Enel Green Power (EGP).
Os protagonistas da exposição são duas pinturas italianas que representam o padroeiro do Rio de Janeiro, São Sebastião. A cidade fundada em 1° de março de 1565 por Estácio de Sá, que expulsou os franceses da ilha de Villegagnon, na Baía de Guanabara, antigamente se chamava São Sebastião do Rio de Janeiro. O santo cristão, morto durante a perseguição promovida pelo imperador romano Diocleciano, além de ser o padroeiro é também um dos símbolos da capital fluminense.
— O aniversário de 450 anos do Rio de Janeiro é o momento perfeito para trazer essas duas obras-primas que representam o padroeiro da cidade. Através dessa exibição e de outras iniciativas pelo mundo, apoiamos o intercâmbio cultural entre os países, assim como a disseminação do conhecimento de um patrimônio artístico italiano único — afirmou o CEO da Enel Green Power, Francesco Venturini.
As obras são San Sebastiano curato da Irene, do artista italiano Giovanni Francesco Barbieri (1591-1666), mais conhecido como Guercino, e San Sebastiano, de Guido Reni (1575-1642). As pinturas foram emprestadas por instituições culturais italianas de grande prestígio: o quadro de Guercino veio da Pinacoteca Nazionale di Bologna e a obra de Reni integra a coleção dos Musei Capitolini, de Roma.
— É uma iniciativa de promoção cultural do mais alto nível dentro do calendário 2014-2015, que muito desejamos para homenagear a cidade do Rio em vista do histórico evento das Olimpíadas de 2016. Conseguimos realizar graças à colaboração entre o setor público (Embaixada, Ministério italiano dos Bens Culturais e Museus) e o privado (Enel). É uma experiência de colaboração entre diferentes sujeitos, que já se demonstrou positiva em outras ocasiões no Brasil — afirmou à Comunità o embaixador italiano Rafaelle Trombetta.
Os recursos disponibilizados pela Enel pela compensação de direitos de empréstimo das obras serão destinados a ações de recuperação e valorização junto às instituições que cederam os quadros. Nos Capitolini, já está em curso a restauração da Sala dos Imperadores, que contempla uma nova escavação arqueológica para trazer à luz as fundações do antiquíssimo Templo de Jeová Capitolino. Em Bolonha, na Pinacoteca Nazionale, está sendo realizado um novo projeto de iluminação artística e de eficiência energética em uma das suas alas.
O martírio de São Sebastião é uma das cenas mais famosas da iconografia cristã. Muitos artistas, ao longo dos séculos, imortalizaram na tela a imagem do corpo do mártir perfurado com flechas. Entre eles, Guido Reni, o pintor bolonhês que perseguiu uma perfeição pictórica e conquistou grande prestígio, operando principalmente entre Roma e Bolonha, e Giovanni Francesco Barbieri, pintor originário de Cento que, dotado de grande talento artístico, colocou-se a serviço de famílias poderosas como Médici e Gonzaga, e trabalhou para o papa Gregório XIV.
Os dois mestres do Barroco italiano descrevem o padroeiro do Rio em duas cenas diferentes. Reni pintou uma representação do momento do martírio das flechas enfrentadas pelo corajoso São Sebastião, enquanto Guercino se concentrou na piedade de Santa Irene e acompanhantes, amparando quem sofre. A obra do pintor bolonhês é um trabalho fascinante, em que a beleza física e a beleza moral do protagonista se fundem em uma figura harmoniosa. Reni representa o santo como uma estátua clássica. No fundo, aparece uma paisagem em que se destacam algumas pequenas figuras tracejadas rapidamente, de acordo com uma característica típica da pintura bolonhesa. A tela do Guercino presente na exposição foi um dos trabalhos pintados em 1619 para o cardeal Jacopo Serra, e representa a fase inicial do artista através da variação das luzes, das sombras coloridas e do material pictórico brilhante.
A inauguração da mostra contou com a presença do arcebispo do Rio, Dom Orani João Tempesta; do embaixador da Itália, Raffaele Trombetta; da diretora do MNBA, Mônica Xexéo; do cônsul italiano no Rio, Riccardo Battisti; coordenador de Relações Internacionais da Prefeitura do Rio, Laudemar Aguiar; do diretor do Polo Museale dell’Emilia Romagna, Mario Scalini; do diretor do Instituto Italiano de Cultura, Andrea Baldi; além da diretoria da Enel Green Power, chefiada pelo CEO Francesco Venturini. As cerca de 200 pessoas presentes ficaram encantadas com a beleza das obras.
O santo dos arqueiros
O padroeiro da capital fluminense foi um soldado romano nascido na França que viveu no século III. Foi conhecido por ter sido morto a flechadas, a mando do imperador Diocleciano, por ter descoberto que ele era um seguidor do cristianismo. De acordo com a tradição, na primeira tentativa para matá-lo, ele conseguiu ser libertado por alguém e apareceu curado dos ferimentos causados pelas flechas por um milagre. Diocleciano ordenou, então, que o prendessem em uma árvore novamente e o matasse definitivamente. Devido à sua história, São Sebastião é o padroeiro dos arqueiros.
Serviço
São Sebastião: uma homenagem
da Itália ao Rio de Janeiro
Quando: Até dia 13 de março de 2016
Onde: Museu Nacional de Belas Artes:
Avenida Rio Branco, 199 – Rio de Janeiro
Horários: De terça a sexta, das 10 às 18 horas.
Sábado, domingo e feriado de 12h às 17h.
Ingressos: R$ 8, inteira; R$ 4, meia.
Aos domingos, entrada franca