Basilio Tiso, chefe da clínica Mangiagalli, onde sete mil mulheres dão à luz anualmente, disse que se avaliou que a imagem da Virgem era mais apropriada à maternidade. "Temos tantas pessoas que vêm aqui, de diferentes origens, de diferentes países", disse ele à Reuters, acrescentando que a iniciativa tinha por objetivo "ajudar a todos nós a conviver de uma maneira mais civilizada".
Mas Carla De Albertis, autoridade da Prefeitura de Milão responsável por assuntos de saúde, classificou a decisão como "insensata". "Se eu fosse para um país estrangeiro, nunca imaginaria pedir a eles para retirar símbolos religiosos representativos de sua fé, cultura e tradição", afirmou. "Não deveríamos levar as pessoas a acreditar que temos vergonha de nossas raízes."
Ignazio La Russa, da Aliança Nacional (partido de direita), convocou os pacientes do hospital a levar seus próprios crucifixos e colocá-los nas paredes.