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Home > Hotel, museu e galeria de arte de um herói

Hotel, museu e galeria de arte de um herói

16 de agosto de 2011 - Por Comunità Italiana

{mosimage}Estrutura hoteleira erguida no Norte da Itália em homenagem ao fundador da Cruz Vermelha reúne móveis de época, decoração temática e documentários

O hotel JNH, letras inicias de Jean Henry Dunant, nasce para resgatar em chave moderna as ideias do fundador da Cruz Vermelha — a maior associação humanitária do mundo. Não por acaso, ele foi construído em Castiglione delle Stiverie, palco de sangrentas batalhas em junho de 1859, das quais o empresário suíço, pego de surpresa em viagem para falar com Napoleão III em prol de seus negócios coloniais na África, assistiu de perto a uma das maiores carnificinas da história, a batalha de Solferino. Sensível ao drama dos sobreviventes e à ajuda que a população civil dava aos militares feridos, ele começou a instigar também o auxílio a todos que precisavam de cuidados, independente da cor do uniforme que usavam nos campos de batalha. No final do mesmo ano, ele lançaria as bases para o nascimento da Cruz Vermelha.

Hoje, os tempos são outros e o hotel abriga uma espécie de memória conceitual de Jean Henry Dunant através de instalações artísticas e objetos de design combinados com peças de antiquários. A proposta é apresentar um hotel com jeito de galeria de arte e museu de história.

A estrutura do hotel foi criada à beira da estrada e com os fundos para um terreno agrícola, muito perto do Museu da Cruz Vermelha. São quatro mil metros de área construída e que custaram onze milhões de euros, além de incontáveis horas de discussão com a administração local por conta dos vínculos paisagísticos e que são muitos nesta região turística entre o Lago de Garda e a cidade de Mântova. O complexo hoteleiro tem três andares. Cúpulas de cimento, blocos de concreto armado, linhas sinuosas e grandes vidraças criam diversas fachadas que se harmonizam entre si. Um enorme mural com pichações artísticas cobre as paredes que dão para a avenida movimentada. Dentro, um grande jardim interno, com uma serpente amarela, acolhe os visitantes que podem escolher um dos 78 quartos colocados à disposição, cada um com um nome diferente e com uma referência qualquer, elaborada, com o pensamento de Jean Henry Dunant.

— Nós contamos a vida de Dunant, mas ela é toda recordada sob uma leitura artística. Por exemplo, o livro escrito depois da batalha de Solferino, Uma lembrança de Solferino, inspirou um quarto, mas nele não temos materialmente o livro, mas sim uma referência — explica o proprietário do hotel, Eugenio Gallina.

Identificação

A decoração interna foi criada pelo designer Ermanno Preti. E ele não faz descontos a quem chega pensando em encontrar um frigobar ou uma televisão no quarto. Mas abre as portas para o visitante deitar sobre um caracol gigantesco que sobe pelas paredes em sinal da tenacidade lenta de Dunant, ou com uma agulha enorme espetada no teto com um botão gigantesco pendurado na cabeceira da cama, ou ainda num quarto com pinturas tridimensionais que levam o hóspede à “descompressão”.

— Este é um projeto que convida o cliente ao jogo, para entender quem você é. Aqui, vemos o personagem que não está aqui, mas pode ser incorporado em cada um de nós. Eu não sou como Dunant, porém me identifico muito com o seu conceito de vida. Não é difícil entendê-lo, interpretá-lo… O cliente leva para casa um pedaço de história, de cultura, e ainda pode se colocar em discussão e dormir — conta ele.

O balcão vermelho na entrada principal impressiona pelo desenho: representa a bandeira da Cruz Vermelha ao vento. Na pilastra central estão as assinaturas e as mensagens dos hóspedes que escrevem com caneta escura sobre a tinta branca, no lugar do tradicional livro. As paredes estão cobertas com móveis de época cortados ao meio, com estilo. O insólito e o inusitado fazem parte da decoração e ajudam a transmitir ao cliente a mensagem de um local fora do mundo e do tempo. No teto, uma inscrição em luz de neon anuncia que todos nós estamos aqui de passagem. No alto dos corredores, o visitante, e hóspede, caminha escutando e vendo-se parar para observar documentários realizados durante as diferentes operações de salvamento da Cruz Vermelha, cedidos pelo museu da associação. A ideia de comunidade é fortemente expressa também na mesa do café da manhã, toda em madeira sinuosa. Não existe um local isolado, uma mesa longe; é convite para que o hóspede divida a sua experiência e a sua impressão com o outro.   

Comunità Italiana

A revista ComunitàItaliana é a mídia nascida em março de 1994 como ligação entre Itália e Brasil.