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IlLettoreRacconta

21 de julho de 2016 - Por Comunità Italiana
IlLettoreRacconta

IlLettoreRaccontaDe uma pequena cidade do Piemonte para o Rio de Janeiro. Uma história que começou na Itália e terminou, ou melhor, continuou e continua no Brasil. Poderia até virar enredo de novela, peça ou filme, como tantos que a personagem deste Lettore Racconta interpretou ou dirigiu. No início, tinha como protagonistas os irmãos Giovanni e Enrico, tio-avô e avô de Carla Camurati. Ocupadíssima com suas atuais funções de diretora de Cultura do Comitê Rio 2016, ela interrompeu um pouco suas tarefas às vésperas dos Jogos para conversar com o repórter Maurício Cannone.

Nonno Enrico nasceu em Omegna, um paesetto da Região Piemonte, na província de Verbano-Cusio-Ossola. A família também morou em Turim, capital do Piemonte. Já no período entre as duas guerras mundiais, ele trabalhava num elegante restaurante de Roma. Foi quando conheceu nonna Pierina, inglesa de nascimento, mas oriunda italiana, numa viagem que ela fazia à capital do Belpaese.
— Foi amor à primeira vista. Minha avó era filha de uma italiana. Meu bisavô era inglês. Ela foi com sua melhor amiga, Violetta, ao restaurante e conheceu meu avô, que ia às mesas perguntar se estavam gostando da comida — conta Carla.
Pierina e Violetta voltaram todas as noites ao local de trabalho de Enrico até que ela o convidou para jantar. Foi então que começou o romance, que daria em casamento, apesar das resistências:
— Meu avô ficou morto de vergonha com aquela abordagem. Era muito tímido. Chegou até a pensar em ser padre.
Depois que se conheceram e começaram a namorar, foi estabelecida a ponte Londres-Roma. Um ia visitar o outro. O irmão Giovanni já morava no Rio, onde trabalhava na cozinha do Copacabana Palace. Na época, soube que o Hotel Glória precisava de alguém com seu estilo para trabalhar no restaurante. Então chamou Enrico. Para que o romance continuasse, Pierina precisou tomar uma decisão: teria de mudar-se com seu amado italiano para o Rio ou ficar em Londres. A família dela não gostou e prometeu deserdá-la. Carla, que nasceu em 1960, não pode lembrar-se da avó. Pierina morreu quando a neta tinha dois anos. Mas do nonno tem diversas lembranças e conhece sua história. A passagem do avô pelo Hotel Glória não durou tanto tempo. Logo estaria no Copacabana Palace com o irmão mais velho Giovanni:
— Eram dois irmãos que cozinhavam muito bem desde cedo numa família com várias irmãs.
As tardes de sábado passadas com o avô na cozinha do famoso hotel da Avenida Atlântica em companhia da irmã Carina são inesquecíveis. Zio Giovanni era responsável pelos pratos salgados e nonno Enrico pelas sobremesas.
—  Eu tinha seis anos e minha irmã, quatro. Éramos as provadoras oficiais dele na véspera dos chás de domingo. Íamos muito arrumadas com sapatos de verniz e lacinhos de fita com rabos de cavalo. Ficávamos sentadas numa bancada de mármore. Até dormíamos e, quando acordávamos, estávamos cercadas de docinhos, mortas de contente. Era uma alegria! Desfrutar aquelas delícias, bartletts, sorvetes… Meu avô nos falava muito da Itália, de Pompeia, dos funghi, dos porcini.
Enrico foi homenageado no filme Copacabana, dirigido por sua neta e inspirado no avô de Carla. O personagem foi interpretado por Pietro Mario Bogianchini, que se IlLettoreRacconta2tornou famoso na televisão como apresentador do programa infantil Capitão Furacão entre 1965 e 1970 na TV Globo. Pietro Mario também é italiano de Omegna e emigrou para o Rio. Seu pai, amigo da família Camurati, também trabalhou na arte culinária do Copacabana Palace. No filme, Pietro Mario tem o papel de um pâtissier que faz um bolo para Alberto, protagonista de Copacabana, interpretado por Marco Nanini.
Carla aprendeu alguma coisa da língua de seus antepassados e hoje tem o passaporte italiano:
— Vou com frequência à Itália. Eu me expresso bem e entendo tudo, mas me falta a prática. Confundo um pouco o italiano com o espanhol. Estive oito anos na direção do Theatro Municipal do Rio e fechei parceria com o Scala de Milão. Nas negociações falava italiano e às vezes me expressava também em inglês. Pude melhorar na época. O italiano tem sonoridade e melodia muito grandes.
Agora, a preocupação principal é a Olimpíada, em agosto, e a Paraolimpíada, em setembro. Cultura é a palavra de ordem:
—  Vamos procurar mostrar não só a cultura no Rio, mas também a do Brasil, que é um país de miscigenação. E de enorme cultura regional. As atividades não vão se limitar às arenas esportivas, mas também as levaremos para as ruas, em lugares como a Praça Mauá. A maioria dessas atividades será gratuita. Sem esquecer a cultura internacional, e dos vários países representados na Olimpíada.

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Comunità Italiana

A revista ComunitàItaliana é a mídia nascida em março de 1994 como ligação entre Itália e Brasil.