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IlLettoreRacconta

22 de outubro de 2015 - Por Comunità Italiana
IlLettoreRacconta

IlLettoreRaccontaEla faz parte de uma das levas de imigrantes do pós-guerra. Chegou ao Brasil muito pequena e cresceu em São Paulo, onde mora até hoje. Nunca se naturalizou e mantém as raízes com a terra onde nasceu: faz parte de associações italianas e ensina o idioma de Dante na sede de um clube paulista que tem origens no Belpaese. Rosa Marra Pacifico contou um pouco de sua história ao repórter Maurício Cannone.

Tempos difíceis. Se atualmente fala-se em crise, naquela época, não havia comparações. A Itália ainda tentava reerguer-se do desastre da Segunda Guerra Mundial. O boom econômico ainda não estava consolidado. Foi dentro desse quadro que a família Marra embarcou no navio para o Brasil, como explica Rosa à Comunità:    
— Nasci em Torre Annunziata, perto de Nápoles. Minha mãe, Maria Sgueglia Marra, também era de lá. Meu pai, Domenico Marra, nasceu em Boscoreale, outro município nos arredores de Nápoles. Ele já tinha trabalhado numa fábrica de massas em Torre Annunziata, mas naquele período do pós-guerra não havia trabalho na Itália. Com alguns contatos no Brasil, emigrou em 1953. Eu tinha apenas oito meses quando vim para cá. Mas eu e meus irmãos, Afonso Tadeu, Maria e Rosaria, fomos criados como verdadeiros italianos. Minha mãe custou a adaptar-se. Chegamos a pensar em voltar para a Itália, mas depois decidimos ficar porque no Brasil não havia guerra. Meu pai trabalhou como sapateiro em São Paulo — conta Rosa, formada em Administração de Empresas. No entanto, ela dedicou-se a várias atividades em São Paulo, entre as quais numa indústria de calçados:
— Trabalhei na Alpargatas, com sapatos esportivos, e depois no Banco Itaú. Já meu irmão Afonso Tadeu passou em concurso do Banco do Brasil. Mais tarde, assessorou figuras importantes, como o presidente Fernando Henrique Cardoso, o ministro Sérgio Motta, o embaixador Sérgio Amaral, além de políticos como José Serra.
 Há 18 anos, Rosa passou a exercer uma função da qual muito se orgulha, em uma instituição que tem muito de sua terra:
— Desde 1997, dou aulas de italiano no Clube Atlético Juventus. Nesse tempo, já passaram por mim cerca de dois mil alunos. O curso é reconhecido oficialmente. Dura três anos.Temos recursos audiovisuais, conversação, gramática, com aulas de manhã, de tarde e à noite. Atualmente temos em torno de 80 alunos, tanto descendentes de italianos como não descendentes.
O Juventus, com sede em frente à residência de Rosa, é um clube da Mooca, bairro paulistano que recebeu muitos imigrantes italianos. Fundado em 1924 como Cotonifício Rodolfo Crespi, era formado por empregados da fábrica de tecidos da família do mesmo sobrenome, resultado da fusão de equipes de várzea do bairro. Em 1930, passou a chamar-se Juventus, por sugestão do próprio Conde Rodolfo Crespi. A ideia inicial era utilizar as cores do clube, original do mesmo nome da Itália: preto e branco. Mas, no estado de São Paulo, já havia outros clubes com essas cores, entre os quais Corinthians e Santos. As cores oficiais passaram a ser, então, o grená e o branco, como o Torino, por sinal rival juventino na cidade de Turim, na região do Piemonte. Seria, por exemplo, como se na Itália um clube se chamasse Corinthians e tivesse o uniforme alviverde, como o Palmeiras.
— A ideia era homenagear os clubes do Piemonte. Hoje, muitos conselheiros do Juventus são descendentes de italianos — explica.
Logo em seus primeiros tempos, o clube da Mooca ganhou um carinhoso apelido: Moleque Travesso. Ou seja, aquele que prega peças nos grandes. O apelido foi dado pelo cronista esportivo Tomas Mazzini, após a vitória de 14 de setembro de 1930 sobre o Corinthians por 2 a 1, em pleno Parque São Jorge, então estádio do adversário.
Além do Juventus, Rosa tem outra paixão no esporte: o Palmeiras, que já se chamou Palestra Itália e teve de mudar de nome durante a Segunda Guerra, porque o Brasil entrou no conflito ao lado das Forças Aliadas, então inimigas do Eixo de Mussolini, e o Napoli.
— A minha casa é um pedacinho do Napoli — conta, com alegria.
Torre Annunziata fica na Campânia, região da qual Rosa é presidente da associação feminina no Brasil, além de conselheira do Comites, órgão representativo de italianos residentes no exterior, de São Paulo. Casada, com três filhos, Luigi, Giovanni Junior e Anna Maria, e avó de Isabella, Rosa é casada com Giovanni Pacifico, que emigrou de Salerno, também muito pequenino, durante a década de 1950.

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Comunità Italiana

A revista ComunitàItaliana é a mídia nascida em março de 1994 como ligação entre Itália e Brasil.