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IlLettoreRacconta

26 de dezembro de 2016 - Por Comunità Italiana
IlLettoreRacconta

IlLettoreRaccontaQuem acompanha futebol certamente leu ou ouviu falar de Vicente Feola. Técnico de Pelé, Garrincha, Didi, Nílton Santos e tantos outros craques, ele foi o comandante da Seleção no primeiro título mundial do Brasil, em 1958, na Suécia. Um autêntico brasileiro, mas também de origem italiana. Seus pais, Emilio e Josephina, emigraram há cerca de 100 anos para São Paulo, vindos de Castellabate, na província de Salerno, Região Campânia. O paratleta Rodrigo Feola Mandetta conversou um pouco sobre o seu avô com o repórter Maurício Cannone.

Vicente Feola, que também dirigiu a Seleção Brasileira no Mundial de 1966, faleceu em 1975.  Rodrigo nem teve tempo de conhecê-lo, pois era um bebê quando o avô morreu. Um avô por adoção: Joana Mizuca, avó de Rodrigo, tornou-se esposa de Feola quando Neide, mãe do paratleta, já tinha nascido. Rodrigo foi campeão mundial de paratriathlon, competição que englobou 750 metros de natação, 20 quilômetros de ciclismo e 5 quilômetros de corrida, no ano de 2011, em Pequim, na China, pela categoria TRI-6 (para deficientes visuais), entre tantos outros títulos. Ele não disputou a Paralimpíada do Rio em 2016, pois sua nova categoria na época, a PT5 masculina para atletas cegos e de baixa visão (este último seu caso), não estava incluída nos Jogos. Antes da Paralimpíada carioca, as categorias haviam sido reorganizadas. Em 2008, Rodrigo trabalhou como comentarista do SporTV na Paralimpíada de Pequim.
— Minha irmã Júlia Cristina teve mais contato com ele. A minha família, minhas irmãs e as pessoas que conviveram com meu avô contavam que ele rodava pelas ruas de São Paulo num fusquinha em segunda marcha e as pessoas gritavam: “Muda a marcha, Feola!”. Ele saía de madrugada, dormia com o carro ligado. Às vezes não dormia e acordava todos de madrugada. Comprava dez panettones! Comia demais — conta Rodrigo.
De todos os quatro irmãos, incluindo Rodrigo, Júlia Cristina é quem mais teve contato com Vicente Feola, assim como Angela Cristina. Depois vieram Douglas e Rodrigo.
— Eu e minha irmã convivemos muito com ele. Íamos aos jogos do São Paulo no Morumbi, passávamos o dia com meu avô. Ele tinha muito contato com o ex-jogador Gino, que cuidava do estádio. Vicente Feola tinha sido técnico do São Paulo e depois trabalhou na parte administrativa do clube. Tinha muitas regalias no São Paulo — narra Júlia, nascida em 1957.
Tal e qual ocorre com pessoas famosas, apareceram candidatos a filhos de Vicente Feola depois de sua morte, em 1975. Mas nada ficou provado. O técnico campeão pelo Brasil há quase 60 anos era doente. Havia quem dissesse que ele dormia no banco durante os jogos e que o time era tão bom que não precisava da sua intervenção. Puro folclore. Às vezes cerrava os olhos devido à saúde bem precária.
— Meu avô tinha só um rim. Sofria de insuficiência renal, que causou sua morte, e também de diabetes. Depois que ele morreu, apareceram vários supostos filhos. Mas ele não podia ter filhos devido a esses problemas. Era padrasto da minha mãe, Neide — explica Júlia Cristina.
As origens italianas também não eram esquecidas pelo primeiro técnico campeão mundial pelo Brasil. Depois de ganhar o título de 1958, foi visitar Castellabate, na província de Salerno.
— Ele esteve lá e fez uma doação simbólica para o villaggio. Até hoje as mulheres da família têm Cristina no nome, como eu e minha irmã. É em homenagem à Cristina de Castellabate, uma nobre local que acolhia doentes.
Júlia Cristina conta também um pouco sobre um antepassado também de origem italiana do lado paterno da família:
— A família Mandetta chegou à América do Sul, vinda do Sul da Calábria, imigrando primeiro para a Argentina. Antonio Mandetta depois veio para o Brasil por Mato Grosso do Sul. Tinha uma fábrica de gelo e fabricou também o Guaraná Tupy, que existia antes do Guaraná Antárctica — revela.

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Comunità Italiana

A revista ComunitàItaliana é a mídia nascida em março de 1994 como ligação entre Itália e Brasil.