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IlLettoreRacconta

01 de dezembro de 2016 - Por Comunità Italiana
IlLettoreRacconta

IlLettoreRaccontaCarissimi, nome de família derivado do latim carus, amado, doce, afetuoso. Partiram a pé de Sotto il Monte até Bergamo, pegaram um trem até Gênova, onde aguardaram para embarcar no vapor depois de dois dias. Eram 12 pessoas da família de Francesco. Um dos filhos, com apenas seis anos, era Luigi Emilio Carissimi, nascido no comune de Sotto Il Monte Giovanni XXIII, na província de Bergamo, na Lombardia, em 4 de março de 1886. Assim começou a história da migração da família para o município gaúcho de Antônio Prado, que Raquel Angela Carissimi, bisneta de Luigi, contou ao repórter Maurício Cannone.

No navio a vapor, desembarcaram em Porto Alegre. Trocaram de embarcação e partiram para São Sebastião do Caí até Feliz, que era o porto de desembarque dos imigrantes, conta Raquel.
— Assim como todos que desembarcavam nessa região, a família de Luigi subiu a encosta rumo a Nova Milano, local em que o governo construiu barracão para abrigar os imigrantes, passaram por Campos dos Bugres, hoje Caxias do Sul, e foram encaminhados para seu destino final, a Colônia de Antônio Prado. Francesco e Carolina, pais de Luigi, receberam o lote 107 na Linha 10 de Julho, Comunidade de Santana próximo a Alfredo Chaves, hoje Veranópolis (RS).
Segundo relatos de Luigi, na chegada a suas terras, nada havia construído como moradia. No começo foi preciso abrigar-se sob um enorme tronco de pinheiro oco até que chegassem os carpinteiros para ajudar na construção da casa. As dificuldades eram imensas, com crianças pequenas e pouca comida. Alimentavam-se graças aos coqueiros, feijões silvestres e pinhão. Assim sobreviveram no início. Uma vez estabelecida, a família plantou milho, trigo, batata doce, arroz, lentilha e feijão. Também iniciou o plantio de cana para a produção de açúcar mascavo e cachaça. Em seguida, veio a plantação dos parreirais para a fabricação de vinho. Luigi casou-se com Vitalina Coronetti e tiveram sete filhos. O casal trabalhou no cultivo e no beneficiamento da cana-de-açúcar, possuíam engenho próprio para produção de açúcar mascavo, melado, rapadura e cachaça. Também eram apicultores para o cultivo de mel e de cera. Além disso, trabalhavam na criação de porcos, ovelhas, vacas leiteiras e bicho-da-seda. Todos os produtos resultantes do trabalho e da criação dos bichos eram comercializados por eles. O bicho da seda se alimentava das folhas de uma amoreira que o casal cultivava.
O primeiro filho do casal, Vitório João Carissimi, casou-se com Olivia Artuso. Tiveram seis filhos:
— O terceiro filho deste casal é Adelar Carissimi, meu pai. Sou a terceira geração de descendentes de imigrantes italianos. Nasci em Antônio Prado. Há mais de uma década trabalho com a cultura italiana, cultivando as raízes e preservando a história dos nossos antepassados. Tenho muito orgulho de minhas origens — narra Raquel Angela, locutora e apresentadora de La Montanara, programa de rádio na língua talian, voltado para o público apreciador da cultura e memória dos descendentes de italianos.
Além disso, ela é presidente fundadora da Associassion de Preservassion del Talian de Antônio Prado.
— A entidade trabalha na preservação, valorização e resgate da língua falada pelos imigrantes italianos. Também sou vice-presidente e gestora cultural do Coral Vozes do Prado, grupo de expressão artística com quase três décadas de trabalho na preservação da memória dos imigrantes italianos em Antônio Prado, responsável pela produção e criação dos espetáculos cênicos musicais do grupo. Desenvolvo ainda trabalhos como produtora cultural e jornalista — explica.
Antônio Prado, na serra gaúcha, é conhecida como a cidade mais italiana do Brasil. Foi a sexta e última colônia a ser colonizada pelos imigrantes italianos, em 1886. Hoje, Antônio Prado tem um acervo arquitetônico de 48 casas construídas em madeira pelos imigrantes italianos tombadas pelo IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) desde a década de 1980.

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A revista ComunitàItaliana é a mídia nascida em março de 1994 como ligação entre Itália e Brasil.