O índice de pessoas com emprego na Itália atingiu 59,1% no segundo trimestre de 2018 e voltou ao patamar registrado no mesmo período de 2008, antes da crise que atirou a economia do país na recessão
Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (12) pelo Instituto Nacional de Estatística (Istat), que diz que houve um aumento de 203 mil cidadãos ocupados entre abril e junho deste ano na comparação com os três meses anteriores (+0,9%) e de 387 mil em relação ao mesmo período de 2017 (+1,7%).
A alta, como vem acontecendo desde a entrada em vigor da reforma trabalhista de Matteo Renzi, em junho de 2015, foi puxada pelas contratações temporárias (+390 mil) e pelos trabalhadores autônomos (+30 mil), enquanto as contratações a tempo indeterminado tiveram queda de 33 mil unidades na comparação anual.
“O segundo trimestre de 2018 se caracteriza por um aumento da ocupação em relação ao trimestre anterior, em um contexto de diminuição do desemprego e da inatividade”, disse o Istat. A recuperação dos níveis pré-crise, no entanto, diz respeito apenas ao centro-norte da Itália.
No sul do país, mais pobre e menos desenvolvido, o saldo em relação ao segundo trimestre de 2008 ainda é negativo (-258 mil unidades). O novo governo italiano, fruto da aliança entre Movimento 5 Estrelas (M5S) e Liga, criou até um “Ministério para o Sul” para tentar acelerar o desenvolvimento do chamado “Mezzogiorno”.
(Agência ANSA)