Espera-se que sejam firmados acordos bilaterais sobre temas que vão desde a colaboração cultural até a científica. A cúpula Itália-Israel ocorrerá por meio de encontros que os ministros presentes em Jerusalém manterão com seus homólogos locais.
De acordo com o titular italiano de Trabalho e Políticas Sociais, Maurizio Sacconi, alguns dos tratados dirão respeito a "formação, integração dos migrantes e providências para favorecer a mobilidade do trabalho e das pessoas que se movem para compromissos comerciais entre os dois países".
Em entrevista à imprensa italiana Sacconi também afirmou que estarão em discussão "as trocas comerciais, que são importantes e estão destinadas a crescer".
Enquanto isso, Berlusconi discutirá temas mais políticos em uma nova reunião com o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu. Entre os assuntos em pauta, o pedido israelense para que a Itália reduza seu intercâmbio comercial com o Irã como forma de demonstrar isolamento internacional em resposta ao programa nuclear mantido pelo país árabe.
"Da Itália queremos sobretudo duas coisas: sanções contra Teerã e ajuda para inserir a Guarda Revolucionária do Irã [força governamental criada com a Revolução Islâmica de 1979 para dar sustentação ao novo regime] na lista europeia das organizações terroristas", declarou à imprensa europeia o vice-premier judeu, Silvan Shalom.
Para o funcionário, o peso das relações ítalo-iranianas é superior ao relacionamento bilateral de outras nações. "A coisa mais importante é que a Itália é um dos melhores amigos de Israel, e talvez o melhor vizinho que temos", relativisou.
Outro tema que estará nas conversas entre Berlusconi e Netanyahu é o relançamento do processo de paz israelense-palestino e sírio-israelense.
Já a plenária que reunirá as duas delegações servirá para selar a amizade bilateral com a confirmação de que este tipo de evento será anual e que a próxima cúpula ocorrerá em território italiano, em local ainda a ser confirmado.
Acompanham Berlusconi em sua viagem sete ministros, que após as atividades de hoje retornarão a Roma. Para amanhã, está previsto que o premier faça um discurso no Knesset (Parlamento israelense), algo que poucos líderes mundiais foram convidados a fazer até hoje.
No mesmo dia, o chefe de Governo italiano inaugurará uma mostra de obras de Leonardo da Vinci e se dirijará a Belém, onde tem um encontro marcado com o presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, e visitará a Basílica da Natividade.