Comunità Italiana

Itália chama Maduro de ditador

FILE - In this April 12, 2016 file photo, Venezuela's President Nicolas Maduro speaks during the installation of a truth commission, at Miraflores presidential palace in Caracas, Venezuela. Opponents of President Nicolas Maduro promise to flood the streets of Caracas on Thursday, Sept. 1, in a major test of their strength and the government’s ability to tolerate growing dissent. (AP Photo/Ariana Cubillos, File)

 

Paolo Gentiloni afirmou que a Itália é contra Maduro e alertou sobre a guerra civil

A partir desta segunda-feira (31) a Itália faz parte da lista de países que não reconhecem a eleição, convocada pelo presidente venezuelano Nicolás Maduro, para uma Assembleia Constituinte. A lista que não para de crescer é formada por países como Brasil, México, Estados Unidos, Chile e Colômbia.

O primeiro-ministro italiano, Paolo Gentiloni, afirmou, em entrevista à emissora ‘Canale 5’, que a Venezuela está “no limite de uma guerra civil” e vive um “regime ditatorial”. “É uma realidade que não reconheceremos. Não reconheceremos a Assembleia Constituinte desejada por Maduro”, declarou.

Gentiloni ainda falou sobre os 130 mil ítalo-venezuelanos que está passado por situações de precariedade, por causa da crise no país. “Vamos nos mover no plano diplomático e naquele da defesa de nossos conacionais”, acrescentou.

Para os países que se juntaram contra Maduro a eleição para a Constituinte é ilegítima. No início de maio, Maduro convocou uma votação e recebeu como resposta da oposição uma onda de protestos contra as ações do Tribunal Supremo de Justiça (TSJ), na intenção de tirar os poderes da Assembleia Nacional.

EPA/Cristian Hernandez

O objetivo de Maduro com a Constituinte é substituir o Parlamento, eleito em 2015, e reescrever a Carta Magna da Venezuela, já revisada em 1999, por iniciativa de Chávez. A crise no país deve piorar com a votação, já que a oposição já prometeu não voltar atrás e nem ceder para os deputados constituintes, que irão tomar posso do plenário esta semana.

Desde o fim de março, quando os protestos se iniciaram, 110 pessoas morreram durante manifestações contra Maduro.