País acolherá mulheres e menores de idade
O governo da Itália optou por receber quase 10 dos 49 migrantes que estavam a bordo dos navios das ONGs Sea Watch e Sea Eye. A decisão foi tomada depois de uma reunião entre o ministro do Interior e vice-premier Matteo Salvini, o premier Giuseppe Conte e o ministro do Trabalho e também vice-premier Luigi Di Maio, que durou até a madrugada desta quinta-feira (10).
O número exato que irão à Itália ainda é desconhecido, no entanto, sabe-se que mulheres e menores de idade serão acolhidos. Conte chegou a prometer que nenhuma família seria separada.
Responsável pelas políticas migratórias do governo, Salvini apenas cedeu porque igrejas evangélicas aceitaram custear todas as despesas com o acolhimento dos migrantes.
“Encontramos uma solução, e a Europa deverá se encarregar das promessas feitas no passado à Itália e até agora nunca cumpridas”, declarou Salvini. O ministro critica países da União Europeia por não terem respeitado o compromisso de realocar 200 migrantes que desembarcaram no porto de Pozzallo no ano passado.
“Se mantiverem o compromisso sobre os 200 migrantes que prometeram redistribuir, então aceitarei novas chegadas. Do contrário, boa noite”, acrescentou Salvini.
Os 49 migrantes salvos pela Sea Watch e pela Sea Eye estavam bloqueados no Mediterrâneo desde o fim de dezembro e desembarcaram em Malta na última quarta-feira (9), após oito países europeus terem se comprometido a recebê-los: Alemanha, França, Holanda, Irlanda, Luxemburgo, Portugal e Romênia, além da Itália.