Considerado o pior ataque na Somália, as mortes já chegam a 300 vítimas
As autoridades informaram nesta segunda-feira (16) que o número de mortos, vítimas do caminhão-bomba na capital da Somália, foi para 300.
Infelizmente, o número ainda deve aumentar, segundo o médico e diretor de ambulâncias Aamim Ambulance, Abdulkadir Adam.
O ataque aconteceu no sábado (14), em frente ao hotel que fica perto dos ministérios do governo somali. Segundo a Ansa, o prédio ficou totalmente destruído pela explosão.
O presidente Mohamed Abdullahi Mohamed decretou 3 dias de luto e implorou por doações de sangue. “Estou implorando ao povo somali para que doem”.
Deacordo com a Ansa, os médicos ainda lutam para salvar os feridos, em sua maioria queimados.
A Itália condenou o ato e prestou solidariedade ao país e seu povo.
“Nosso pensamento vai para as famílias das vítimas com a esperança de recuperar os feridos”, disse o ministro das Relações Exteriores da Itália, Angelino Alfano, através de um comunicado.
“Nós confiamos que o Governo Federal e os membros federais se unirão para superar essa tragédia e construir um futuro tão aguardado de paz e prosperidade para o país”, finalizou.
Segundo a Ansa, apesar de não ter sido reivindicado por nenhum grupo, o governo da Somália acusa o fundamentalista islâmico somali Al Shabab pela explosão.
O acusado tem espalhado suas ações no centro e sul do país há alguns meses.
A União Africana enviou mais de 20 mil homens para ajudar o Exército, os Estados Unidos disponibilizou drones para colabora com a luta contra a milícia.
Três dias antes da explosão o governo da Somália havia perdido duas pessoas do alto escalão, Abdirashid Mohamed, ministro da Defesa e Ahmed Jimale, chefe das Forças.
Dois dias antes, em Mogadíscio, o presidente somaliano se encontrou com importantes personalidades no comando dos EUA na África.
A Somália é um dos países mais pobres do mundo e por isso sua vulnerabilidade diante das milícias terroristas.
De acordo com a Ansa, o país já declarou, em março de 2016, estado de calamidade nacional, em decorrência da fome.