A juíza do tribunal de Gênova, Nadia Magrini, emitiu um mandado de prisão por terrorismo contra o marroquino Nabil Benhamir, 29 anos, informou a entidade nesta terça-feira (19)
O homem havia sido preso em agosto deste ano após denúncias de agressões e maus-tratos contra a sua ex-esposa.
No entanto, enquanto ele estava preso, a Divisão de Investigações Gerais e Operações Especiais (Digos) da Polícia de Estado e o Departamento Distrital Antimáfia (DDA) de Gênova descobriram que ele estava “pronto para imolar-se” em nome do grupo terrorista Estado Islâmico (EI). Ele teria retornado à Europa “com o objetivo de treinar outros membros do grupo para a fabricação e utilização de explosivos”.
Nas investigações, descobriu-se diversas instruções para acionar bombas com velhos celulares, um dos quais estava na casa dele, e foram encontrados muitos vídeos de ações suicidas e “testamentos” de kamikazes antes de atentados.
Além disso, os policiais verificaram conversas no aplicativo WhatsApp no celular de Benhamir que deixam a impressão de que ele tinha um “mandato” para cumprir na Itália. A descoberta dos dados também contou com a ajuda do Sistema de Informação para a Segurança da República (Aisi) e de entidades internacionais, como a polícia da Holanda, a Europol e o FBI.
A Itália faz um trabalho de prevenção e detecção que já expulsou mais de 100 suspeitos de ligação com grupos terroristas e, até hoje, é o único grande país da Europa ocidental que não foi alvo de um ataque do EI. No entanto, o país – bem como o Vaticano – são alvos frequentes das campanhas de ódio promovidas pelos jihadistas. (ANSA)