Vice-primeiro-ministro, Matteo Salvini, celebra o acordo verbal entre Roma e Bruxelas
O governo italiano e a Comissão Europeia chegaram a um acordo verbal sobre o projeto de orçamento para 2019, até agora rejeitado por Bruxelas – disseram fontes do Executivo citadas pela imprensa local nesta quarta-feira (19).
“Houve comunicações orais por parte dos comissários [Pierre] Moscovici e [Valdis] Dombrovskis, mas ainda não há comunicação oficial por parte da Comissão Europeia”, afirmaram essas fontes, segundo a agência italiana Agi e outros veículos.
Ainda conforme os jornais locais, o acordo, que está sendo negociado há várias semanas por ambas as partes, seria de um déficit público italiano de 2,04% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2019, com uma previsão de crescimento de 1% no ano que vem, no lugar de 1,5%.
O governo não confirmou os dados, mas o ministro do Interior e homem forte do Executivo, Matteo Salvini, comemorou o acordo nesta quarta.
Agora, a Comissão Europeia, que se reúne hoje em Bruxelas, precisa dar seu aval.
A queda de braço entre Roma e as autoridades italianas começou em outubro, quando a Itália apresentou um orçamento com uma previsão de déficit de 2,4% do PIB, muito superior a 0,8%, percentual com o qual o governo anterior havia-se comprometido.
No domingo, o governo italiano aceitou reduzir em 4 bilhões de euros seu orçamento para evitar que Bruxelas ponha em marcha um procedimento por déficit excessivo.
Esta redução de gasto deve afetar duas das principais medidas do governo: a reforma da previdência (promovida pela Liga, do vice-presidente Salvini) e o programa de renda mínima cidadã para os mais desfavorecidos, um projeto do Movimento 5 Estrelas, liderado pelo vice-presidente Luigi di Maio. (AFP)