Itália decidiu condicionar o desembarque de migrantes resgatados no Mediterrâneo pelos navios da Operação naval europeia Sophia a que sua acolhida seja compartilhada entre outros Estados-membros – disseram várias autoridades europeias na última sexta-feira (20)
“A Itália não quer ser o único país de desembarque dos migrantes resgatados no mar por suas próprias unidades navais”, declarou o ministro italiano das Relações Exteriores, Enzo Moavero Milanesi, em uma carta à chefe da diplomacia da União Europeia (UE), Federica Mogherini.
O ministro pediu oficialmente a revisão do mandato da Operação Sophia, que combate aos traficantes de pessoas no Mediterrâneo e que atualmente está sob o comando italiano.
O primeiro-ministro italiano, Giuseppe Conte, informou o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, das condições impostas para os desembarques dos migrantes na Itália.
Em uma carta, Conte diz a Juncker que a Itália aceitará seu desembarque em seu território com a única condição de que outros países da UE aceitem assumir uma parte deles.
O governo populista italiano impôs aos outros membros da UE as condições já aplicadas no desembarque no fim de semana passada com 450 migrantes resgatados no mar e transportados em dois navios militares.
A decisão do governo italiano só foi tomada após o compromisso de cinco países da União Europeia – França, Espanha, Portugal, Malta e Alemanha – de acolher 50 migrantes cada.
(G1)