No entanto, número vem diminuindo desde 2016
A Itália registrou, em média, um terremoto a cada quase 20 minutos durante o ano de 2018. No total, 23.180 tremores, segundo dados divulgados pelo Instituto Nacional de Geofísica e Vulcanologia (INGV).
Embora o número possa impressionar, o número representa uma queda significativa em relação a 2017 (44 mil) e 2016 (53 mil). Estes foram os anos mais intensos da sequência sísmica no centro da Itália, que continua ativa.
“Essa diminuição se deve à queda nas réplicas da sequência na Itália Central, iniciada em 24 de agosto de 2016. O número de eventos em 2018 voltou a valores semelhantes aos de antes de 2016, ainda que seja importante ressaltar que a sequência não terminou”, disse o INGV.
A série de terremotos na Itália Central teve início em 24 de agosto de 2016, com um tremor de magnitude 6.0 na escala Richter em Amatrice, e já deixou 333 mortos e mais de 20 bilhões de euros em danos.
Ainda de acordo com o INGV, cerca de 90% dos tremores tiveram magnitudes inferiores a 2.0, ou seja, provavelmente não foram sentidos pela população. Apenas 20 tiveram entre 4.0 e 4.9 (cinco deles na região do vulcão Etna), e três foram iguais ou superiores a 5.0.
A Itália está localizada sobre as placas tectônicas africana e eurasiática, as quais se chocam constantemente. A primeira se move cerca de dois centímetros por ano rumo ao norte, movimentando a cordilheira dos Apeninos, espécie de espinha dorsal que atravessa o país.