“Não temos até o momento nenhuma confirmação de que exista um caso de recrutamento dentro do território brasileiro. O único caso que conhecemos é de um jovem de dupla nacionalidade, belga e brasileira, que vive na Europa e que estaria na Síria.
Desconheço e não tivemos nenhuma informação ou evidencia. Tudo até agora são especulações”, afirmou o ministro.
Informações obtidas pelo jornal, no entanto, mostram que o setor de contraterrorismo da Polícia Federal e a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) teriam feito relatórios mostrando o início das atividades de recrutamento do EI no Brasil. A falta de uma lei antiterrorismo no País dificultaria a ação contra o grupo.
Depois do surgimento dessas informações, o Congresso decidiu retomar a votação da legislação o mais rapidamente possível.
EUA – Mauro Vieira também afirmou hoje na Comissão das Relações Exteriores que os governos brasileiro e americano esperam avançar na agenda bilateral para marcar a visita de Estado da presidente Dilma Rousseff aos Estados Unidos. De acordo com Vieira, uma visita de Estado entre os dois países não deve ser “desperdiçada apenas em atos protocolares” e deve ter uma agenda “densa”.
“A presidente já disse que tem todo interesse e que relação é prioritária e será realizada no momento oportuno. Eu estive semana passada em Washington e concordamos que deve ser realizada no momento em que tivermos atingido uma agenda importante e densa, não deve ser desperdiçada apenas por ato protocolares”, afirmou. “Há muita coisa em negociação nas chancelarias e em outras áreas. Vamos construir a agenda quando essas negociações estiveram avançadas e maduras”. A visita da presidente foi cancelada em setembro de 2013, quando foi revelado que a National Security Agency (NSA) espionava o governo, empresas e cidadãos brasileiros. Desde então, a negociação de uma série de tratados entre os dois países entrou em compasso de espera e foram retomadas apenas no início deste ano. Estão em negociações, por exemplo, o acordo de céus abertos que permite a ampliação da atuação das áreas dos dois países no território do outro. Também se trabalha na redução da bitributação das empresas americanas e brasileiras e em um acordo de facilitação de normas técnicas de produtos. O assessor especial da presidência, Marco Aurélio Garcia, informou que a visita pode ocorrer ainda no segundo semestre deste ano ou no primeiro semestre do ano que vem, mas ainda não há data estabelecida.
fonte: Estadão Conteudo. (ANSA)