Os juízes do Tribunal de Milão aceitaram o pedido de "legítimo impedimento" apresentado pelos advogados do ex-primeiro-ministro italiano Silvio Berlusconi e adiaram para 11 de fevereiro a próxima audiência do caso Rubygate, no qual o ex-chefe de Governo é acusado de prostituição de menores e concussão (abuso de poder).
Os advogados de Berlusconi apresentaram o pedido por razões ligadas à campanha eleitoral para as eleições políticas de 24 e 25 de fevereiro.
Os advogados explicaram que o réu não pode se apresentar ao tribunal porque estava ocupado com uma entrevista ao vivo e em uma cerimônia institucional na cidade de Trieste. Os próprios advogados do ex-chefe de Governo, candidatos para a Câmara dos Deputados italiana, salientaram que, apesar dos compromissos da campanha eleitoral, eles preferiram estar presentes hoje na audiência.
Por sua vez, o vice-promotor de Milão, Ilda Bocassini, se opôs ao pedido de adiamento.
A lei do "legitimo impedimento", aprovada em 2010 pelo Parlamento italiano, permite aos cargos institucionais mais altos da Itália de faltar em audiências judiciais quando a data marcada coincidir com compromissos oficiais. O juiz pode agendar uma nova audiência em até seis meses, congelando os tempos de prescrição. (ANSA)