A Promotoria italiana pediu nesta segunda-feira uma pena de 26 anos e três meses de prisão ao ex-comandante Francesco Schettino pelo naufrágio do navio de cruzeiro Costa Concordia, em janeiro de 2012, que deixou 32 mortos.
A Promotoria também solicitou prisão imediata de Schettino, alegando que o ex-comandante pode fugir para sua casa na Suíça ou obstruir o processo. A pena de 26 anos e três meses de prisão se refere às acusações de homicídio e lesão culposa (14 anos), de naufrágio culposo (nove anos), abandono de incapazes (três anos). Os outros três meses recaem sobre os crimes de omissões e falsas declarações.
Além da prisão, a Promotoria pediu a interdição perpétua de Schettino em cargos públicos e a proibição de atuar profissionalmente durante cinco anos e seis meses.
“O dever de abandonar o navio por último não é só uma obrigação marítima de um comandante, mas um dever jurídico para reduzir os danos às pessoas”, disse o promotor Stefano Pizza. “Que Deus tenha piedade de Schettino, mas nós não podemos ter nenhuma”, ressaltou.
O ex-capitão do navio Costa Concordia, Francesco Schettino, afirmou que não vai tentar fugir para se livrar da possível sentença. “Eu não vou escapar. Estou à disposição das autoridades judiciais. É só me dizer o que eu tenho que fazer”, afirmou o ex-comandante através de seus advogados.
O Costa Concordia naufragou em 12 de janeiro de 2012, na ilha de Giglio, na Itália, após Schettino realizar uma manobra que tombou e encalhou o navio nas rochas. A embarcação ficou no mar até o ano passado, quando uma complexa operação permitiu realinhar o Costa Concordia e levá-lo para ser desmontado. Schettino ficou mundialmente conhecido como “o capitão covarde” por ter abandonado o navio antes dos passageiros. (ANSA)