Jornalista e ex-deputada pegaram de dois a quatro anos de prisão
Nesta quinta-feira (11), a Corte de Cassação, instância máxima do poder Judiciário da Itália, confirmou as condenações de dois réus envolvidos nas festas com prostitutas nas residências do ex-primeiro-ministro Silvio Berlusconi.
Ex-diretor de um telejornal do grupo Mediaset, Emilio Fede, pertencente ao líder conservador, pegou quatro anos e sete meses de reclusão, enquanto a ex-deputada regional da Lombardia Nicole Minetti foi sentenciada a dois anos e 10 meses de cadeia.
Ambos foram condenados pelo crime de favorecimento à prostituição. Fede é tido como o responsável por apresentar Berlusconi a Karima el Mahroug, mais conhecida como “Ruby”, que teria tido relações sexuais com o ex-premier quando era menor de idade.
Segundo a acusação, o jornalista e Minetti organizavam as festas – apelidadas de “bunga-bunga” – ao lado do agenciador Lele Mora.
“Fede era o garantidor das noites em Arcore [casa de Berlusconi nos arredores de Milão] e ponto de referência para tudo o que girava em torno do formato daquelas noitadas. Minetti era a ligação indispensável entre Berlusconi e as garotas destinadas a ele”, disse a procuradora Pina Casella.
O ex-premier acabou absolvido pela mesma Corte de Cassação dos crimes de prostituição de menores e abuso de poder, mas ainda responde a processos por corrupção de testemunhas, em um caso batizado pela imprensa italiana como “Ruby ter”.