A Corte de Cassação da Itália exigiu novas informações do governo brasileiro sobre as garantias do sistema penitenciário nacional para que o ex-presidente do Banco do Brasil, Henrique Pizzolato, possa responder por mais um processo no país.
Após ser condenado no Mensalão em, Pizzolato fugiu em novembro de 2013 com documentos falsos emitidos em nome do seu irmão, que já havia falecido, e foi encontrado apenas em fevereiro de 2014 em Maranello, na Itália. Lá, foi preso e extraditado ao Brasil em outubro de 2015, onde está detido atéhoje no centro de Papuda, em Brasília.
A solicitação da Corte de Cassação ao governo brasileiro se refere à uma extensão do pedido de extradição protocolado pelo Brasil, a qual permite que Pizzolato responda a uma outra ação no país, por falsificação ideológica de documentos.
Esta decisão de autorizar o procediento cabe à Justiça da Itália, em vista que Pizzolato foi extraditado em outubro de 2015 apenas para cumprir uma pena de 12 anos e 7 meses de prisão por crimes de peculato, lavagem de dinheiro e corrupção passiva. O pedido brasileiro, da Procuradoria-Geral da República, foi apresentado em março e tinha sido aceito pela Corte de Apelação de Bolonha no fim do mês passado.
Entretanto, o advogado de Pizzolato, Alessandro Sivelli, entrou com um recurso na Corte de Cassação para impedir que o brasileiro responda a outro processo no país.