As cidades de Turim, Bruxelas e Liverpool relembraram nesta sexta-feira, dia 29, os 30 anos do “Massacre de Heysel”, uma das maiores tragédias da história da Juventus e do futebol mundial. No dia 29 de maio de 1985, 39 pessoas, em sua maioria italianas, morreram em um confronto entre as torcidas do time bianconero e do Liverpool. Os dois estavam disputando a final da Liga dos Campeões no estádio de Heysel, em Bruxelas (Bélgica), partida que deu à Velha Senhora seu primeiro título no torneio.
A data é de grande importância para a Juve, que, no próximo dia 6 de junho, enfrentará o Barcelona na decisão da competição europeia desta temporada. Em meio às celebrações em memória das vítimas da tragédia, os jogadores do clube de Turim não deixaram de se manifestar. “Para não esquecer jamais. Sempre nos nossos corações”, escreveu o volante Claudio Marchisio em sua conta no Twitter.
Já Michel Platini, presidente da Uefa e autor do gol da vitória naquela trágica partida, afirmou no site da organização que seus sentimentos estão com os parentes e amigos dos que morreram e que ele trabalha para garantir que “o horror daquela tarde não se repita nunca mais”.
Atletas e dirigentes da Juventus também participaram de uma vigília na Igreja da Grande Mãe de Deus, em Turim, ao lado da Associação dos Familiares das Vítimas do Heysel. Além disso, representantes do clube estiveram presentes nos eventos públicos realizados nas cidades de Bruxelas e Liverpool.
A tragédia
Antes da partida entre Juventus e Liverpool começar, torcedores dos dois times entraram em confronto nas arquibancadas. A confusão, iniciada por hooligans ingleses, se deu principalmente pela proximidade entre os torcedores das duas equipes em uma parte do estádio, separados apenas por uma barreira de segurança e alguns policiais. Muitas pessoas foram pisoteadas e algumas foram esmagadas por um muro que desabou.
Por causa da tragédia, todos os clubes ingleses foram proibidos de participar de competições europeias por cinco anos, com exceção do Liverpool, que ficou fora por seis. (ANSA)