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La gente, il posto

16 de setembro de 2011 - Por Comunità Italiana

Monastério de Santa Clara

Munasterio ‘e Santa Chiara/tengo ‘o core scuro scuro…/Ma pecché, pecché ogne sera /penzo a Napule comm’era, penzo a Napule comm’è?! Munasterio ‘e Santa Chiara é uma canção clássica napolitana. Escrita em 1945, canta o desejo de tornar a Nápoles depois da Segunda Guerra, mas também o receio de encontrar só destruição na cidade. De fato, o Monastério de Santa Clara, construído a partir de 1310, sofreu com o bombardeamento da cidade por parte dos aliados, em agosto de 1943, provocando um incêndio que destruiu boa parte da igreja. Hoje, restaurada, tem como ponto alto seu maravilhoso Claustro das Clarisses, de matriz gótica, completamente transformado por Domenico Antonio Vaccaro no século XVIII e decorado com maiólicas (espécie de azulejos) coloridas em estilo rococó. Um dos tesouros de Nápoles.

Tem santo pra tudo

Tem santo pra tudo. Tanto no Brasil quanto na Itália. Rolou um probleminha? Basta chamar um santo. No Brasil, tem o Santo Antonio (que é português, mas é conhecido como Sant’Antonio de Padova) que arranja marido garantido.

Na Itália, essa fé no Santo Antônio casamenteiro não existe. Outro santo imprescindível no Brasil é a Santa Edwiges, protetora dos pobres e endividados. Quer se livrar da dívidas? Reza pra ela. Quem tem pressa de resolver um pepino, não perde tempo e reza para Santo Expedito, o santo da solução imediata.

Na Itália, os estudantes pedem as graças do San Giuseppe da Copertino cada vez que têm um exame difícil para passar. Quem quer proteger seu animal de estimação tem que rezar para Sant’Antonio Abate e levar, no dia 17 de janeiro, o bichinho na igreja para receber a bênção dos padres. Além dessa divisão de funções do santos, cada cidade tem o seu santo protetor.

Um dos mais amados é o San Gennaro.

Todo dia 19 de setembro, os devotos de San Gennaro se reúnem no Duomo de Nápoles, rezando para que o sangue do santo, que se encontra numa ampola, se liquefaça. San Gennaro, uma das tantas vítimas das perseguições contra os cristãos na época de Diocleciano, foi martirizado em 305. Segundo a lenda, sua ama-deleite Eusébia foi quem recolheu o sangue em duas ampolas e o levou a Nápoles. Mais de um milênio depois, em 1389, o sangue se liquefez e, desde então, o milagre se repete todos os anos, com poucas exceções. No dia da festa, o Duomo fica lotado de gente. Reza-se em dialeto. Quando o sangue se liquefaz, a multidão solta gritos de alegria. Mas ai do santo se o sangue ficar seco. Se isso acontece, é como uma profecia negativa: os napolitanos ficam morrendo de medo de que algo terrível possa acontecer, como um terremoto ou uma erupção do Vesúvio. Portanto, se o dia vai passando e não ocorre a liquefação, as rezas se transformam em xingamentos ao santo. Os céticos acham que é tudo uma grande “marmelada”. Tem quem diz que o sangue é na realidade uma mistura de açúcar, chocolate em pó e água.Polêmicas à parte, San Gennaro tem uma popularidade imbatível. No Brasil, a mulherada afoga o pobre Santo Antônio até ele achar marido para elas. Na Itália, xingam o coitado do San Gennaro se ele não repetir o milagre anual. Vida de santo não é fácil.

Comunità Italiana

A revista ComunitàItaliana é a mídia nascida em março de 1994 como ligação entre Itália e Brasil.