O fundamentalismo islâmico é motivado por uma ideologia política, radicada na doutrina do Islã. Quase sempre, o Ocidente reagiu à violência jihadista com tentativas de conciliação. Enquanto isso, calado, observa a censura à imprensa, às universidades, aos livros de história, aos programas escolares, à total liberdade de expressão.
Essa espécie de autocensura onde fanáticos levantam a voz e nações ocidentais se esforçam para atenuar e desagravar o radicalismo exacerbado deve ser repensada a partir da tragédia de Paris. O ataque ao Charlie Hebdo não foi praticado por delinquentes, mas programado para fazer o maior número de mortes possíveis numa redação de jornal. Cada vez que se justifica a violência exercida pelo islamismo em nome da religião, como circulou em alguns órgãos e nas redes sociais, se joga para debaixo de um sangrento tapete o fato de que trata-se de um sistema social, uma doutrina com 1,5 bilhão de fiéis que crêem num Direito sagrado e não aceitam formas de governo que marginalizam a obediência religiosa.
Para o Islã é um grave pecado denegrir ou representar em formas o profeta Maomé. E é justo que os muçulmanos tenham suas crenças, mas não é admissível que imponham aos outros, mesmo em outros territórios, como acontece com frequência na Europa. É sabido que na França está inclusive em ascensão um partido islâmico, que vinha ganhando força por ser contrário à Frente Nacional de Marine Le Pen, chamada de “extrema direita”.
É hora de uma resposta clara de proteção aos direitos elementares conquistados em séculos de história. Não podemos sucumbir à covardia praticada.
Boa leitura!