O partido direitista italiano Liga Norte desmentiu hoje a informação publicada pelo jornal La Repubblica de que a Procuradoria de Roma teria aberto uma investigação contra vários senadores da legenda suspeitos de desviar fundos estatais.
De acordo com o periódico, vários senadores da Liga Norte, como o líder da bancada no Senado, Federico Bricolo, e o ex-ministro Roberto Calderoli teriam recebido dinheiro proveniente de reembolsos eleitorais do partido para pagar gastos pessoais.
A lei italiana prevê reembolsos eleitorais aos partidos para que sejam financiadas atividades políticas. Mas o jornal afirma que a verba teria sido utilizada para a compra de casas, carros e pagamento de viagens de luxo.
Em um comunicado, Bricolo disse que as acusações "são falas e sem fundamento", e que todos os documentos de contabilidade do partido foram apresentados à Procuradoria e não contêm nenhuma irregularidade.
Uma possível investigação contra a Liga Norte, como sustenta o La Repubblica, significaria um duro revés ao partido a menos de dois meses das eleições legislativas da Itália, marcadas para 24 e 25 de fevereiro.
Em abril do ano passado, o fundador e líder histórico da Liga Norte, Umberto Bossi, teve que renunciar devido a um escândalo financeiro envolvendo familiares e o tesoureiro do partido. (ANSA)