Negociações são feitas em Milão e podem ser encerradas hoje (13)
(ANSA) – O líder do Movimento 5 Estrelas (M5S), Luigi Di Maio, e o secretário do partido ultranacionalista Liga, Matteo Salvini, chegaram a um consenso em 15 dos 20 pontos do contrato preliminar para a formação de um novo governo na Itália.
A informação foi revelada por fontes oficiais que acompanham as negociações neste domingo (13) no Pirellone, em Milão. De acordo com os relatos, pode ser que as pendências sejam finalizadas ainda hoje.
“Obviamente você está escrevendo a história e leva algum tempo.
Esperamos fechar [o programa de governo] o mais rápido possível”, disse Di Maio. Entre os temas que ainda estão em debates há o corte de desperdício na política e revisão de gastos, entre outros. Esta rodada é tida como decisiva para a avaliação de todos os 20 pontos do contrato que precisam ser endossados pelas duas partes. “Há basicamente um acordo sobre os principais pontos. Falamos sobre questões e não sobre nomes [ para ocupar o cargo de primeiro-ministro], explicou Salvini, ressaltando que é melhor “um governo que está comprometido com base em um programa”.
O documento sob o título “Contrato para o Governo da Mudança”, que é estampado com os símbolos dos dois partidos, inclui a redução dos custos da política, o combate à imigração clandestina, inclusão de uma alíquota única no imposto de renda, abolição da reforma previdenciária da Itália, além da “desburocratização” do país e a renda da cidadania. Os dois líderes ainda precisam definir quem assumirá o cargo de primeiro-ministro, assunto que não tem sido debatido nas reuniões. “Nós não falamos sobre nomes, há uma boa atmosfera na mesa. Estamos lidando com questões muito importantes. Pela primeira vez na história estamos negociando um governo colocando os temas no centro”, explicou Di Maio.
Em um vídeo no Facebook, o líder do M5S disse estar “otimista” porque o diálogo está “no caminho certo”. “Quanto mais nos atacam e nos desprezam, mais significa que estamos no caminho certo”.
A Itália está sem um governo com plenos poderes desde 24 de março e tenta formar um novo Parlamento depois que o ex-primeiro-ministro Silvio Berlusconi deu um “passo atrás”. O líder conservador é um dos pilares da coalizão de direita, vencedora das eleições de 4 de março, mas era pressionado para permitir um diálogo entre a Liga e o M5S, que se recusava a governar com o Força Itália (FI).