Pesquisa de boca de urna confirma resultado de sondagens realizadas até o dia 17 de fevereiro
DA REDAÇÃO
As urnas estão fechadas, a contagem de votos começou e quem deverá levar a melhor, em tese, é o Movimento 5 Stelle (M5S), que, segundo pesquisa de boca de urna encomendada pela Rai, terá entre 29% e 32% dos votos entre os partidos. A pesquisa de boca de urna confirma que nenhum partido ou coalizão terá maioria no Parlamento. Em segundo lugar ficará o Partido Democrático (PD), com um percentual estimado entre 20,5% e 23,5%. Entre as coalizões, prevaleceu a de centro-direita, com uma margem entre 33,5% e 36,5%. Os partidos que compõem a provável coalização vitoriosa registraram performance bem abaixo do M5S e do PD, mas o suficiente para vencerem o pleito e forçarem um cenário de alianças até então improváveis mais adiante no Parlamento. Em resumo, ou a Itália poderá ter uma “grande coalizão” parlamentar, similar a da Alemanha, ou o presidente da República Sergio Mattarella convocará novas eleições.
O Forza Italia, de Silvio Berlusconi, e o Lega, de Matteo Salvini, deverão ficar com cerca de 13% a 16% dos votos. Já a outra sigla da coalizão de direita, o Fratelli d’Italia, registrou entre 4% e 6% dos votos.
A coalizão de centro-esquerda deverá ficar entre 25% e 28%, graças ao desempenho do PD. A lista da Emma Bonino, o + Europa, manterá entre 2% e 4%.
A pesquisa de boca de urna confirma resultado de sondagens realizadas até o dia 17 de fevereiro.
DAQUI PARA FRENTE SERÁ ASSIM
Com os resultados definitivos das eleições, começarão as negociações para a formação de um novo governo, ainda de maneira extraoficial. A sessão de abertura da nova legislatura será apenas em 23 de março.
Na ocasião, serão escolhidos os novos presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado, quando será mais fácil entender a composição de forças no Parlamento e se algum grupo é realmente capaz de formar maioria.
Até 25 de março, os deputados e senadores criarão os grupos parlamentares, cujos líderes serão chamados um a um para consultas com Mattarella, o que deve ocorrer entre o fim de março e o início de abril – durante todo esse período, Paolo Gentiloni seguirá governando o país, mas apenas para cuidar de assuntos correntes.
Terminadas as consultas, Mattarella escolherá o encarregado de formar um novo governo, que precisará passar pelo voto de confiança do Parlamento antes de tomar posse. (Com informações do Corriere della Sera e da Ansa)