Comunità Italiana

Manifestação pró-Dilma

O secretário de Segurança Pública do estado de São Paulo, Alexandre de Moraes, afirmou hoje (18) que adotou medidas necessárias para garantir tranquilidade e amplo direito de manifestação à Frente Brasil Popular, que reúne os movimentos sociais e sindicatos ligados à Central Única dos Trabalhadores (CUT) e ao Partido dos Trabalhadores, em apoio ao governo da presidenta Dilma Rousseff e ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

“Não vai haver nenhum tipo de confronto”, afirmou Moraes durante entrevista coletiva no fim da manhã. Ele adiantou que foi informado pelas lideranças do movimento que são esperadas entre 100 mil e 200 mil pessoas na manifestação desta sexta-feira, mas que determinou o deslocamento de um efetivo policial e bolsões de segurança semelhantes aos adotados no protesto do dia 13, quando cerca de 1,4 milhão de pessoas, pela contagem da Polícia Militar, fecharam a Avenida Paulista.

O secretário informou que apenas um pequeno grupo das cerca de 5 mil pessoas que estiveram onem na Avenida Paulista resistiu em liberar a via. Conforme Moraes, eles não entenderam que, “em uma democracia, há alternância de manifestação”. Segundo ele, por isso foi necessário recorrer à saída forçada com uso da Tropa de Choque, jatos d’água e bombas de efeito moral.

“Não há mais nenhum grupo contrário [no local]. Aqueles que quiserem se manifestar podem ter certeza de que a Secretaria de Segurança Pública e a Polícia Militar vão garantir a tranquilidade.”

Alexandre de Moraes assegurou ainda que não será tolerada “nenhuma baderna”

Questionado se o governo paulista teria dado tratamento diferenciado ao demorar para desobstruir a via, que permaneceu ocupada entre a noite de quarta-feira (16) e a manhã de hoje, enquanto no período dos atos do Movimento Passe Livre a desocupação ocorreu em cerca de meia hora, Moraes afirmou que “são situações, absolutamente, diferentes”.

Ele observou que as manifestações agora são pacíficas e refletem um momento de grande crise econômica e institucional. O secretário mostrou-se sensível ao direito de defesa de pensamento de ambos os lados. “Nossa função é não colocar mais fogo nos ânimos, que já estão acirrados”, concluiu o secretário.(Agência Brasil)